Como É Feita A Instalação de uma Cisterna Pronta?

Instalar uma cisterna pode parecer uma tarefa simples, porém requer muito mais cuidado do que você possa imaginar! Afinal, estamos falando de um reservatório que, para seu pleno desempenho, precisa estar aterrado e, consequentemente, está sujeto a sofrer a pressão exercída pela terra, que é mais do que suficiente para fazer sua cisterna implodir em casos de má instalação.

Durante décadas, temos acompanhado diversos erros de instalações de componentes para filtragem e disponibilização da água da chuva e de cisternas e a recorrência de cisternas que implodem após algum tempo de uso é relativamente alta. O principal erro que corrobora com isso é a falta de dimensionamento e atenção à etapas bastante específicas do manual, como o estudo de expansão de solo, indispensável para o cálculo do talude (diâmetro da circunferência em torno da cisterna) assim como da falta de atenção ao traço do solo-cimento a ser adicionado no reaterro. Vale lembrar que estamos falando aqui das cisternas de plástico, que representam a grande maioria das cisternas comercializadas e instaladas no Brasil.

Um outro ponto que também causa dúvidas e também é bastante sucetível a erros é o cálculo da laje inferior, pois toda cisterna de plástico precisa, além da proteção do solo-cimento, estar protegida usualmente por 2 lajes. Uma laje inferior, que acomoda a cisterna na vala e uma laje superior, que protege a cisterna de receber cargas provenientes da superfície como pessoas andando, decks ou mesmo passagem de automóveis.

Foi observando este cenário que desenvolvemos a Cisterna Pronta – Uma cisterna que veio para mitigar todos os principais erros antes encontrados em instalações de cisternas para água da chuva feitas de plástico.

A Cisterna Pronta é feita em PRFV (Plástico revestido com fibra de vidro) – Um compósito extremamente forte e duradouro. Sua estrutura foi desenvolvida para resistir às cargas da terra, de forma que possa ser aterrada sem a construção de lajes e sem a necessidade de solo-cimento.

Em conjunto a isto, desenvolvemos uma tecnologia de instalação que não requer nenhum conhecimento avançado em sistemas de filtragem de água de chuva, o que torna a cisterna pronta um sistema plug’n play (conecte e use) desenvolvido de acordo com a NBR 15.527 – A Norma Brasileira para Aproveitamento de Água da Chuva. Basta conectar a entrada da água de chuva, saída para galeria pluvial, saída para consumo e rede elétrica e pronto! Tudo isso permite que a instalação da cisterna seja feita em apenas 1 dia, frente a 4 – 7 dias dos modelos tradicionais.

No vídeo a seguir, eu explico um pouco mais detalhadamente como é feita a instalação da Cisterna Pronta EcoCasa:

https://www.youtube.com/watch?v=ISXY1SZpiYY&t=1s&ab_channel=Ecocasa

Viu como é fácil? Se quiser saber mais, ou mesmo qual o modelo ideal para seu projeto, fale com nossos especialistas.

Um abraço e até o próximo artigo!

 

O que fazer com meu esgoto tratado?

Não! Você não leu errado! Para a maioria das pessoas esse título pode soar um tanto quanto estranho, mas para quem descobriu agora que terá que fazer o tratamento do esgoto de seu empreendimento, muitas dúvidas surgem nesse momento, e é sobre isso que falaremos no post de hoje!

Primeiramente, o que é o esgoto?

Esgoto, árguas servidas, águas residuais, ufa… Existem diversos termos para caracterizar o que é o esgoto. Mas basicamente, trata-se de todos os resíduos líquidos domésticos e/ou industrias que precisam de algum tipo de tratamento adequado e específico para que as impurezas sejam removidas o máximo possível da água, para que assim, ela possa ser devolvida à natureza sem causar maiores danos seja ao Meio Ambiente ou à saúde humana e de todos os seres vivos que mais tarde poderão ter algum tipo de contato com essa água.

Além disso, este é um tema bastante recorrente aqui no blog e que atraí bastante o interesse das pessoas. Principalmente quando o assunto é o destino do efluente tratado, pois muita gente sequer imagina o que dá pra fazer com ele.

Água, uma eterna reciclagem…

Um ponto importante para compreendermos a dinâmica por trás o destino do esgoto tratado é compreendermos que a água nunca acabou e nem acabará! Espantou-se com essa afirmação? Calma que eu te explico!

A água presente no Planeta Terra é exatamente a mesma desde a sua origem, inclusive a água que você carrega nesse momento em sua massa (sim, você é composto praticamente pela metade de água!). Toda essa água do planeta está “presa” num ciclo eterno de evaporação e precipitação (chuvas) – Fala-se tanto em crises hídricas e falta d’água por 2 fatores principais: Falta de infraestrutura e gestão e mudanças ambientais, estas que muitas vezes nos tiram o poder de previsão sobre as chuvas e, consequentemente, sobre a capacidade real dos reservatórios.

Agora que você já sabe que a água nunca acaba, existe um terceiro elemento aí que chegou chegando para influenciar na dinâmica do fluxo das águas – O ser humano com seu exclusivo sistema de tratamento de efluentes.

Se o homem poluí a água, tornado-a imprópria e contaminada, ele precisa limpa-la

Mais óbvio que esse longo subtítulo é a necessidade que temos em cuidar bem da água. E é exatamente aí que entram as estações de tratamento de esgoto. Seu papel é exclusivamente retirar as impurezas da água e coloca-la de volta em seu ciclo natural. Logo, é bem possível que a água que você bebe provavelmente já tenha sido o esgoto de alguém algum dia, ou até mesmo já esteve em diversos lugares do Mundo.

Você deve saber que bem aí, na sua cidade, provavelmente existam ao menos 2 estações, conhecidas como ETE e ETA. A primeira delas, trata o esgoto antes de devolve-lo aos rios e mananciais. Já a segunda, faz a captação dos rios e faz um grande tratamento, deixando-a potável – O que é feito naturalmente na natureza, através de um processo conhecido como autodepuração, onde a própria natureza acaba fazendo a filtragem da água presente nos dejetos dos animais.

Respondendo a pergunta central deste artigo…

Como você bem deve imaginar, quem precisa tratar seu esgoto através de uma estação compacta de tratamento de esgoto doméstico deve antes de tudo saber das possibilidades e limitações de seu empreendimento. Basicamente existem 3 cenários possíveis, são eles:

  • Infiltração – A infiltração em valas é o método mais comum para dispor o efluente tratado de volta na natureza. Este método é muito utilizado pois admite modelos de estações mais em conta, como a SATE – o Sistema Aneróbio de Tratamento de Esgoto da EcoCasa. Seu funcionamento é similar ao das fossa sépticas com o diferencial de atender a todas as normas pertinentes para este tipo de tratamento, que remove, em média, 60% da carga orgânica do esgoto. O restante da filtração e degradação da matéria é feito naturalmente pela terra.
  • Disposição em corpos hídricos – Para poder lançar o esgoto tratado em rios ou mesmo lagos ornamentais, é crucial que seja feito um tratamento avançado (que contemple etapa anaeróbia, aeróbia e desinfecção) – Para essa finalidade utiliza-se a EcoTED – A Estação Compacta de Tratamento de Esgoto da EcoCasa, capaz de remover acima de 95% da matéria orgânica do efluente.
  • Reúso de Esgoto Tratado – Novas tecnologias permitem que o esgoto, após tratamento, receba um tratamento conhecido como terciário, que irá remover o restante da carga orgânica do esgoto tratado e conferir-lhe algumas características de acordo com o uso, por exemplo. No caso da irrigação, requere-se um pós-tratamento mais simples. Já para o reúso em vasos sanitários, um tratamento mais avançado é requerido.

Enfim, resumidamente, estas são as opções que você tem ao seu dispor para cuidar de seu esgoto, que também é seu lixo! Então, nada como cuidar bem deste resíduo que nos garante a melhor gestão hídrica da água! E para isso, você pode contar com toda nossa experiência e tecnologia. Clique aqui e compartilhe seu projeto com nossos especialistas! Será um prazer ter você em nosso time de pessoas que acreditam num mundo mais humano e sustentável!

Um abraço e até o próximo artigo!

A Era das Crises Hídricas

Quem paga mais caro na conta de luz muitas vezes nem imagina que o evento atual tem ocorrido em detrimento de uma crise hídrica silenciosa, mas que vem trazendo risco e prejuízo ao bolso do brasileiro.

Com a chegada do período de estiagem em grande parte do Brasil, o nível da água dos reservatórios das principais hidrelétricas estão se esvaziando, tornando a produção de energia mais cara e difícil. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), estamos enfrentando a pior escassez de chuvas para a produção energética dos últimos 91 anos.

Dentre os principais reservatórios para a produção de energia elétrica, localizados no Centro-Oeste e no Sudeste, alguns atingiram o pior nível em 22 anos. São os reservatórios: Marimbondo e Água Vermelha, em São Paulo e Minas Gerais, na bacia do rio Grande; Nova Ponte (MG); Itumbiara e São Simão, no rio Parnaíba, entre Goiás e Minas Gerais.

Mas não é por aí que os problemas acabam. Segundo relata o professor do Instituto de Energia e Ambiente da USP, Pedro Cortes, em matéria para a CNN Brasil, a crise atual também afeta de forma severa o Sistema Cantareira, um dos mais afetados durante a crise de 2014. Segundo Cortes, “Ela é pior do que a de 2013 porque hoje nós temos 20% menos água armazenada do que no período anterior” (fonte).

Além disso, diversas cidades do interior já começam a sofrer alguns problemas de abastecimento. Algumas, inclusive, têm recorrido ao racionamento no período noturno. Em Salto, no interior de São Paulo, as bombas que captam a água no Ribeirão Piraí, tiveram que ser desligadas, dado o baixo volume do sistema. Outra cidades como Itu e Valinhos também passam por problemas similares. (fonte).

Desde a crise de 2014 as pessoas começaram a despertar para a necessidade de se ter uma reserva de emergência de água em casa, momento em que as Cisternas, fossem elas para água potável ou água da chuva, ganharam grande evidência. Enquanto a cisterna para água potável era apontada como uma ótima solução para reserva emergencial, por manter por um maior periodo a qualidade da água e também por ampliar o volume de armazenamento, a cisterna para água da chuva ganhou evidência justamente por ajudar a reduzir (e muito) o consumo.

Apesar de ser um sonho ainda distante, se toda residência tivesse uma cisterna para aproveitamento de água da chuva em grandes centros urbanos muitos problemas seriam diminuidos, quando não mitigados. O primeiro deles seria a ocorrencia de enchentes e alagamentos, uma vez que o uso de cisternas para aproveitamento de água da chuva em larga escala colabora com a compensação da área impermeabilizada (principal problema causador das enchentes). Além disso, o uso de água da chuva em grande escala também diminuiria drásticamente a pressão sobre os reservatórios de abastecimento de água potável.

Porém, para agravar este cenário, é como se estivessemos voltando para os anos 2000, quando um grave apagão assombrou o País. Na época, não existiam muitas soluções, foi quando começou a ganhar evidência o uso de arquecedores solares. Já nos dias atuais, temos a opção das energias alternativas, e a regra continua sendo a mesma do que em 2014 – As ações que poderão resolver ou diminuir o problema das crises hídricas devem partir não somente do Governo, mas também de cada um de nós.

Atualmente o uso de cisternas consorciadas com energias alternativas traz benefícios em todas es esferas, a começar pelo bolso, pois ambos os investimentos se recuperam, em média, em 7 anos. Já os benefícios para a sociedade só serão atingidos quando ambos os sistemas forem utilizados em larga escala! O que requer uma ação conjunta entre governantes e setor privado para que os sistemas se tornem cada vez mais acessíveis e viáveis, para que aí então, possamos incluir as tecnologias ambientais de uma vez por todas na cultura do brasileiro.

Ainda há muito o que se fazer e desenvolver, e é por isso que desde 2001 a EcoCasa está no front em desenvolver novas tecnologias para o melhor gerenciamento hídrico e numa luta constante para a viabilidade técnica e econômica dessas tecnologias!

Faça sua parte e conte com nosso time de especialistas para sustentar novas ideias e viabilizar novas soluções!

Afinal, quanto posso economizar com água da chuva?

Para responder essa pergunta que é bastante recorrente, vou apresentar dois cenários. O primeiro deles, é pautado em dados oficiais da SABESP a respeito do consumo per capta no Brasil. Já o segundo, é sobre a redução monetária sobre a conta d’água, uma vez que o consumo de água é cobrado por faixas de consumo.

Já sabemos quais itens são passíveis de receberem água de uma cisterna para aproveitamento de água da chuva (segundo a NBR 15.527, norma brasileira para aproveitamento de águas pluviais, a água da chuva pode substituir a água da rede pública em quaisquer usos não potáveis). Logo, apresento a seguir alguns usos mais comuns e seus respectivos consumos na média brasileira (Dados: SABESP).

  1. Descargas – A maior vilã de todos os itens é a descarga de vasos sanitários, que consome cerca de 41% da água que você adquire da concessionária. Uma dica muito importante, até mesmo para reduzir este consumo é a utilização de vasos acoplados ou a substituição de válvulas antigas, que acabam consumindo muito mais água do que alguns sistemas mais modernos.
  2. Chuveiros – Em segundo lugar vem a água do chuveiro, responsável por consumir cerca de 36% da água potável. Infelizmente, ainda é pouco viável utilizar água de chuva para banho, pois tratar água da chuva para essa finalidade ainda é inviável no mercado brasileiro. Mas já existem sistemas capazes de tratar essa água, que são os sistemas de reuso de águas cinzas – Possibilitando reutilizar a água do banho para finalidades como irrigação e até mesmo descargas de vasos sanitários. Outra possibilidade é consorciar a água de reuso com a água da chuva, aumentando o volume disponível de água.
  3. Pias – As pias representam o terceiro maior item consumidor de água potável. Aqui também não conseguimos utilizar a água da chuva sem um tratamento pós-cisterna adequado, mas ela também é uma fonte de águas cinzas, que pode fomentar um sistema de reuso. O consumo das pias representa 6% na média de consumo.
  4. Ingestão – Todos nós precisamos da água para mantermo-nos vivos, e infelizmente potabilizar a água da chuva ainda é uma realidade bem distante. A água utilizada para a manutenção da vida representa 5% do consumo de uma residência.
  5. Máquina de Lavar Responsável por consumir 4% da água de uma residência, a lavagem de roupas é um item que pode utilizar a água da chuva – Mas atente-se para o fato de que, para este uso, você precisara de uma filtragem pós-cisterna mais eficiente.
  6. Faxina – Manter seu ambiente sempre limpo e higienizado consome 3% da água que você adquire. Este é um uso que permite em sua totalidade a água da chuva, que é excelente para a limpeza em geral.
  7. Irrigação – A irrigação representa 2% na média de consumo brasileira – Porém aqui vale uma ressalva – Nas construções de alto padrão, este valor pode aumentar substancialmente, chegando a ser um dos itens que mais consomem água. Não atoa, o uso de cisterna para água de chuva na irrigação deste tipo de empreendimento disparou nos últimos anos com o aquecimento do mercado da construção civil.
  8. Lavagem Automotiva – Por último, vem a lavagem de veículos, que representa 2% do consumo residencial. Assim como a limpeza, a água da chuva é uma excelente alternativa para essa finalidade. Lavar seu automóvel sem culpa é só mais uma das vantagens que uma cisterna para água de chuva pode trazer!

Somando por estes dados, aproveitar água da chuva reduz, em média, 48% do consumo de água potável, o que pode representar mais de 60% na redução de custos na conta d’água para o setor residêncial.

Já para empreendimentos de alto padrão e indústrias, a economia de água potável com a utilização de cisternas podem chegar a 70% na quantidade e 80% no valor da conta nos melhores cenários.

Deseja saber quais as opções para seu empreendimento? Fale com nossos especialistas, é só clicar aqui!

Um abraço e até o próximo artigo!

Na Contramão, Mercado da Construção Civil se Aquece Durante a Pandemia

Parece que apesar do baixo poder de compra que as pessoas têm enfrentado e da forte crise econômica desencadeada pela pandemia, o segmento da construção civil, principalmente a de alto padrão não deve perder seu ritmo de crescimento, ao menos pelos próximos meses.

Um movimento atípico é observado nesse setor e algumas causas começam a ser exploradas para explicar o motivo do boom, principalmente em novos empreendimentos e construções de alto padrão. O principal e mais óbvio motivo foi a rápida e necessária adequação das pessoas a um novo estilo de vida e de trabalho. Com a ascenção do Home Office, que definitivamente veio para ficar, as pessoas passaram então a buscar espaços maiores e mais confortáveis.

Outro fator importante é a adaptação ao ambiente. Ao passar mais tempo em casa, é natural que as pessoas comecem a observar melhor o ambiente e fazer movimentações, o que explica o aumento da demanda em pequenas reformas e por itens de decoração. Para se ter uma ideia, segundo a startup ArqExpress, que oferece serviços de decoração e arquitetura, a procura por reformas cresceu 400% desde março, quando houve o início do isolamento social no Brasil.

Já nas construções de alto padrão, nota-se uma preocupação voltada ao investimento de longo prazo, movimento observado nos imóveis de luxo que tendem a continuar crescendo e que se atenua dada as incertezas do cenário nacional e mundial em relação ao mercado.

Riscos Eminentes

É claro que tais movimentos são observados com olhos de otimismo, uma vez que a construção civil é uma das áreas que mais empregram no Brasil ao lado do saneamento, telecomunicações, e outras áreas influenciadas pela construção. Porém, sabemos que este também é o setor que mais causa impactos ambientais e que mais modificou o Meio Ambiente nas últimas décadas. Por isso, apesar de parecer clichê, convém lembrar a importância de se pensar a construção com o menor impacto ambiental possível, algo há muito estudado pela arquitetura sustentável.

Para o Arquiteto e Urbanista Paulo Trigo, do escritório TETO Arquitetura Sustentável, de Limeira, SP, é muito importante observar o sítio da construção de maneira a pensar-se uma construção que utilize melhor os recursos naturais como a luz e o vento, além de considerar na construção materiais que geram menor impacto, como o tijolo de solo-cimento. Além disso, é muito importante a utilização de cisternas para aproveitamento de água da chuva e retenção de águas pluviais, assim como o uso de energias alternativas e o tratameto correto de resíduos sólidos e do esgoto doméstico. Apesar de parecer mais caro, este tipo de arquitetura ganha no desempenho, pois por proporcionar uma obra mais limpa evita o desperdício de materiais, que são mais caros, porém menos consumidos. Segundo Paulo, o custo por metro quadrado muito se assemelha a uma construção de médio padrão.

Caso queira saber mais sobre como construir de maneira mais sustentável, não deixe de falar com nossos especialistas e solicitar uma consultoria especializada, afinal, não há nada mais importante em uma construção do que torna-la eficiente, sustentável e valorizada – Características essas que toda tecnologia ambiental pode agregar a seu projeto!

Um abraço e até o próximo artigo!

O que é uma Estação Compacta de Tratamento de Esgoto?

Esgoto: Riscos e perigos que devemos evitar

Em um dos posts passados falamos sobre como funciona o tratamento biológico de esgoto. No artigo de hoje, iremos responder mais uma dúvida bastante recorrente: O que são as estações compactas de tratamento de esgoto e qual seu papel para o desenvolvimento sustentável.

Estações de tratamento de esgoto são talvez a mais importante criação da engenharia moderna dos últimos tempos, uma vez que sem este sistema dificilmente as grandes civilizações teriam se desenvolvido, pelo menos com o mínimo de saúde possível.

Sabemos que o esgoto doméstico é um grande causador de doenças e um grande vilão da saúde pública, principalmente no Brasil, onde em muitas comunidades o esgoto a céu aberto ainda é uma realidade e um problema a ser combatido.

Porém, mesmo que toda a área urbana tivesse a rede de coleta funcionando corretamente, ainda teriamos um outro grande desafio: O esgoto nas áreas rurais e condomínios mais afastados das cidades.

Via de regra as estações municipais de tratamento de esgoto são dimensionadas para atender a maior parte da população de uma cidade, o que torna a expansão para tais áreas muitas vezes inviável.

É neste cenário e com o acréscimo do crescimento urbano constante e desenfreado que surge uma nova necessidade sanitária: A de utilização das estações compactas de tratamento de esgoto.

Há muito em chácaras, fazendas, sítios e condominios o uso das famigeradas fossas sépticas tem sido uma alternativa, porém nem sempre segura e viável, uma vez que este tipo de projeto costuma ser bastante artesanal, isso quando não se utilizam das fossas negras – Um modelo que hoje chega a ser criminoso dado seu risco e insalubridade, que se baseia em apenas um “buraco”escavado na terra onde se joga o efluente in natura sem nenhum tipo de tratamento posterior.

Apesar de costumeira essas práticas ao que tudo indica estão com os diaas contados, uma vez que cada vez mais prefeituras e órgãos fiscalizadores têm fechado o cerco contra fossas mal dimensionadas ou construídas e principalmente contra a fossa negra.

A solução ideal

Imagine só se, ao morar distante da rede de coleta de esgoto, você pudesse ter praticamente a mesma tecnologia empregada nas estações municipais atingindo níveis de despoluição do efluente iguais ou por vezes maiores, bem aí, no seu quintal.

Atualmente isso é mais do que possível, graças ao tratamento biológico de esgoto promovido pelas estações compactas de tratamento de efluentes.

Essas estações costumam ser pré dimensionadas de fábrica, de acordo com cada empreendimento e seus possíveis usos, o que diminui o risco de contaminação a praticamente 0. Além de tudo são sistemas automatizados que requerem o mínimo de intervenção humana e farão o tratamento do esgoto deixando-o com a qualidade ideal para descarte ou mesmo reúdo, dependendo do local e da aplicação.

O reúso de esgoto tratado, inclusive, é uma solução relativamente nova no Brasil, mas que já se torna possível graças às estações de tratamento mais avançadas.

Aqui na EcoCasa, possuímos diversos tipos de estações, que apresento a seguir:

SATE – A Evolução da Fossa Séptica

Croqui ilustrativo de instalação (Clique para Ampliar)

A SATE como você pode observar na imagem acima, é uma estação compacta de tratamento que substitui as fossas sépticas, sendo um sistema muito mais avançado e fácil de instalar.

Em um único reservatório que pode ser aterrado sem a necessidade de construção de lajes ou quaisquer outros tipos de infra civil, você já tem um sistema completo, que vai disponibilizar a água tratada para um sumidouro, que neste caso, fará o restante da depuração da matéria organica presente no efluente. Pode ser utilizada em empreendimentos comerciais, residenciais e até mesmo industrias.

EcoTED – Tratamento Avançado de Esgoto

A EcoTED é a estação de tratamento avançado e biológico de esgoto doméstico da EcoCasa. Com etapas adicionais de tratamento, sua eficiência chega a remover acima de 95% da carga orgânica do esgoto, deixando o esgoto tratado muito limpo e pronto para um possível sistema de reúso, que nesse caso pode ser utilizado para irrigação, por exemplo e até mesmo consorciado com um sistema de aproveitamento de água da chuva, aumentando consideravelmente a água disponívei para o reúso.

OASIS – Sistema de Reúso de Águas Cinzas

As águas cinzas são águas residuais captadas de torneiras e chuveiros (usualmente coletadas da cozinha e do banheiro). Este padrão específico de efluente possui características que tornam possível e viável o tratamento para reúso em usos mais específicos, como nas descargas de vasos sanitários e até mesmo lavagem de roupas. Ideal para ser utilizado em lavanderias, hoteis, industrias e setores que demandam grandes quantidades de água para tais finalidades, é um sistema que garante muita economia e sustentabilidade nos empreendimentos onde é aplicado.

Bem, esta foi uma rápida explicação sobre o que são as estações compactas de tratamento de esgoto e os benefícios que elas podem trazer ao seu empreendimento e para o desenvolvimento sustentável!

Quer saber a opção ideal pro seu projeto? Fale com nosso time, compartilhe seu projeto e deixe o restante com a gente!

Um abraço e até o próximo artigo!

Várias Crises, Várias Épocas, Um mesmo Problema

O ano era 2001, o evento era o apagão, o país entrava numa crise energética sem precendentes, afentando de forma severa a economia e a vida das pessoas.

A crise do apagão impôs uma nova forma de observarmos as questões ambientais e climáticas, pois tendo o Brasil uma matriz energética basicamente hidreletrica a crise na realidade não era só energética era uma severa crise hídrica.

Em 2014/2015, novamente o tema volta à pauta. Uma nova crise hídrica tida como ainda mais severa que todas as anteriores afeta agora o fornecimento de água em grandes centros urbanos, especialmente na região Sudeste do Brasil. Deste vez, as torneiras secam.

As pessoas não tinham água para suas atividades mais básicas do dia a dia, medidas emergênciais foram tomadas e, como sempre, a natureza deu mais uma chance e as chuvas voltaram na temporada seguinte.

Esperava-se, portanto, que as lições tivessem sido aprendidas, mas pouco foi feito em termos de despoluição dos rios, proteção de nascentes, tratamento de esgoto e planejamento de longo prazo, entre outras ações importantes.

Agora é 2020 e o mundo enfrenta o inimaginável, uma pandemia global, o novo Coronavirus coloca a maioria das pessoas confinadas em suas casas e, portanto, demandando mais recursos, especialmente água. Embora não existam dados consolidados, estima – se que o confinamento das pessoas em casa e a necessidade de maiores cuidados com a higiêne pessoal e de útensilios, tenha gerado um aumento no consumo de água entre de entre 30 e 50% nos grandes centros (Fonte: UFRGS).

Não bastasse a crise mundial causada pela COVID 19, nas ultimas semanas de maio de 2021 órgãos do governo federal ligados à gestão de recursos hídricos emitiram um alerta de emergência hídrica, pois segundos os técnicos a situação atual dos reservatórios é pior que em 2013, antes da maior até então registrada crise hídrica.

No entanto, dados metereológicos indicam que a atual crise de falta de chuvas, é a maior desde 1931, isto somado à má gestão dos recursos hídricos, aumento do desmatamento e ausência de políticas ambientais, farão da falta d’água um dos principais problemas a serem geridos nos próximos meses de 2021 e inicio de 2022.

O cidadão, como parte da solução e principal afetado, deve neste momento tomar conciência e contribuir de forma importante para mitigar o problema, seja cobrando maior responsabilidade das autoridades públicas no tocante aos cuidados com o Meio Ambiente e Recursos Hídricos, seja em ações domésticas e empresárias em favor da economia de água e uso de fontes alternativas, como o reúso de esgoto tratado ou aproveitamento de água da chuva, mesmo que esporádicas.

Vamos juntos enfrentar mais este desafio!

Marcio Pereira
CEO da EcoCasa Tecnologias Ambientais

Tudo Sobre Tratamento Biológico de Esgoto

Você vai ao banheiro, faz suas necessidades e com um simples apertar de um botão livra-se de seus dejetos rapidamente. Mas já parou pra pensar no caminho em que o esgoto doméstico percorre? Bem, nem sempre o destino dele possui um final feliz, principalmente no Brasil, onde praticamente metade da população ainda não possui sequer acesso a rede de coleta de tratamento de esgoto.

Os dados só ficam piores conforme nossa investigação para este artigo segue em frente. No portal Trata Brasil, encontramos facilmente informações sobre o tratamento de água e esgoto, assim como dados de saúde em relação a doenças causadas pela ausência do saneamento básico. Para se ter uma ideia, somente em 2018 foram registradas mais de 230 mil internações por doença de veiculação hídrica e 2.180 óbitos. Por isso antes de mais nada, é importante que você saiba: Esgoto é também um problema de saúde pública.

Mas não um problema de hoje…

Os dejetos na natureza possuem uma função importante no ciclo de desenvolvimento da fauna e flora, assim como toda a matéria orgânica, afinal, as fezes, por exemplo, são repletas de vitaminas, proteínas, carboidratos, e outros nutrientes que podem servir desde microorganismos a diversos tipos de plantas, insetos e animais.

O probema com o esgoto sanitário começa, mais precisamente, quando o homem se desvincula do estilo de vida nômade passando a dominar a agricultura e a criação de animais, um dos eventos cruciais para o surgimento da sociedade. Com isso, as populações de seres humanos começaram a surgir de maneira condensada e, consequentemente, altas cargas de esgoto sanitário começaram a ser produzidas. Por isso, o esgoto pode ser considerado um problema lançado desde a origem da humanidade.

Para piorar o cenário, o desenvolvimento urbano como você bem deve imaginar, não nasceu com as melhores tecnologias para a lida com o esgoto. Quando observamos, ao exemplo, a cidade de São Paulo – Foi somente em 1895 que a cidade recebeu o primeiro bairro pensado para ter infraestrutura de água e esgoto encanados, esse bairro, que você bem deve conhecer, chamava-se Boulevard Bouchard e atualmente é conhecido como Higienópolis. (Não se engana quem imagina que o nome atual desta região de São Paulo vem justamente da palavra higiene). Já a ideia de tratar o esgoto antes de lançá-lo ao meio ambiente, foi testada pela primeira vez em 1874 na cidade de Windsor, Inglaterra. 

Soluções de hoje e as ideias de amanhã…

Recentemente, com a aprovação do Marco de Saneamento, o Brasil deu um importante passo para a universalização do acesso às redes de coleta e distribuição com a ousada meta de levar o saneamento básico até 90% dos brasileiros até 31 de dezembro de 2033.

Basicamente, a lei é um movimento no sentido de abrir o mercado para empresas de saneamento que agora passam a concorrer por licitações em contratos de concessões. Até então, o modelo adotado era o de contratos de programa. Neste modelo, os contratos eram firmados, sem licitação, entre municípios e empresas estaduais de saneamento. Já “contratos de programa que já estão em vigor serão mantidos. No entanto, os contratos que não possuírem metas de universalização e prazos terão até 31 de março de 2022 para viabilizar essa inclusão. Se isso ocorrer, esses contratos poderão ser prorrogados por 30 anos.” – Fonte

Além disso, a lei instaura o Comitê Interministerial de Saneamento Básico, que terá por função melhorar a articulação institucional entre órgãos federais atuantes no setor, presidido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. Já a Agência Nacional das Águas (ANA) passa a ser reguladora do setor, de maneira a resolver impasses, definir e organizar as normas para a prestação de serviços relacionados ao saneamento básico e realizar o controle de perdas de água.

Outro destaque é o de que além de determinar a não interrupção dos serviços, redução de perdas na distribuição e exigir um padrão de qualidade na prestação dos serviços, a lei também passa a exigir o reúso e aproveitamento de água da chuva.

Já para o futuro, a maior aposta e possibilidade é o surgimento de tecnologias e estações de tratamento de reúso de água a fim de produzir água potável à partir do esgoto biológico, realidade que começa a tomar forma em alguns lugares do Mundo, porém ainda dependente da quebra de paradigmas relacionados à saúde e tecnologias efetivamente escaláveis e viáveis.

Não se assuste! Se no passado o esgoto doméstico, sinônimo de doenças, nos matava, é bem provável que o mesmo esgoto, de forma direta, seja uma alternativa viável para nossa sobrevivência.

Ah! E aqui na EcoCasa temos a tecnologia ideal para seu tratamento de esgoto! Seja para infiltração, descartes em corpo hídrico ou reúso! Envie seu projeto para nossos especialistas e retornaremos com a melhor alternativa para o gerencialmento hídrico de seu empreendimento!

Saudações e até a próxima!

Hiago Vilar

Referências

  • http://www.tratabrasil.com.br/saneamento/principais-estatisticas/no-brasil – Acessado em 10/06/2021
  • https://vejasp.abril.com.br/cidades/historia-higienopolis/ – Acessado em 10/06/2021
  • http://www.tratabrasil.org.br/blog/2020/01/07/a-origem-do-saneamento-basico/ – Acessado em 10/06/2021
  • https://www.gov.br/pt-br/noticias/transito-e-transportes/2020/07/novo-marco-de-saneamento-e-sancionado-e-garante-avancos-para-o-pais

Fossa Séptica – Cuidados e Orientações

Fossa séptica, fossa e filtro, biodigestores, estações compactas – Fala sério! Dá um trabalho saber qual é a melhor alternativa para tratar o esgoto doméstico, não é mesmo?

Por isso, minha missão nesse post é te apresentar as principais soluções que temos aqui no Brasil, seus prós e contras e finalmente te ajudar a escolher a melhor delas para seu caso! Então, sem mais demora, vamos nessa!

Primeiramente…

É preciso deixar bem claro que existem diversos motivos pelos quais você precisa fazer o tratamento do esgoto de seu imóvel, mas o principal deles, e aquele que te diz que você não deve economizar neste quesito, é a saúde! Afinal, não seria nada interessante saber que você ou mesmo seu vizinho, pode estar tomando água com esgoto infiltrado, o que pode ocorrer em casos onde o consumo de água de uma residência é proveniente de poços artesianos, geralmente utilizados em áreas que não contam com o sistema de distribuição de água e nem coleta de esgoto municipal.

Aliás, se esse é seu caso, não basta se preocupar apenas com o tratamento que você dá ao seu esgoto, mas também de todos os seus vizinhos, pois um tratamento inadequado pode causar doenças em toda a comunidade ao seu entorno. Principalmente em regiões de chácaras que comumente utilizam a fossa séptica e possuem alta circulação de pessoas.

Se tratando de esgoto…

Se engana quem acha que tratar esgoto é algo difícil. Na verdade, a própria natureza faria isso numa boa se não fossemos tantos Homo sapiens sapiens espalhados por aí. Mas o processo em sí, mesmo nas estações mais avançadas, continua sendo 100% biológico e dependente da natureza, com o uso mínimo de produtos químicos.

Basicamente, existem duas etapas principais de tratamento biológico de esgoto. A primeira delas é a etapa anaeróbia – A mesma (e única) utilizada nas fossa sépticas e a etapa aeróbia, que em resumo é a adição de ar em uma câmara posterior a uma ou mais etapas anaeróbicas.

Eu sei que a princípio pode parecer dificil de entender essas nomeclaturas e que comumente ligamos o termo aeróbio ao aeróbico da academia. Então vou explicar de um jeito simples a diferença destas duas etapas e porque elas se complementam.

A Etapa Anaeróbia

Quando o esgoto é lançado, seja aonde for, ele naturalmente irá se decompor parcialmente graças às bactérias presentes no próprio esgoto. Essas colônias de bactérias irão consumir a matéria orgânica do esgoto, transformando-o em um lodo. Quando jogado diretamente na natureza, essa remoção é de aproximadamente 25%. Já em uma fossa séptica no famoso sistema fossa e filtro, esse índice pode atingir até a média dos 60%. Isso porque, além de termos duas etapas de tratamento neste sistema, adicionamos o filtro aneróbio, que é composto de um elemento chamado de meio suporte, que retém algumas colônias de bactérias e consequentemente aumentam a capacidade de consumo de uma estação como a fossa séptica.

A Etapa Aeróbia

Já quando adicionamos uma terceira etapa após o filtro anaeróbio temos oficialmente uma estação compacta de tratamento de esgoto. A diferença é que, o esgoto que ainda tem cerca de 40% de carga orgânica será agora consumido por um outro tipo de bactéria. Ou seja, se na fossa séptica temos colônias de bactérias que se multiplicam em ambientes anaeróbios (sem ar), com a injeção de ar um novo tipo de colônia que se prolifera na presença do oxigênio consome quase todo o restante das cargas orgânicas. Dessa forma podemos alcançar uma remoção acima de 95% da carga orgânica inicial.

Como saber qual tipo de estação preciso?

A resposta é até meio óbvia, mas vou te explicar com alguns detalhes. O primeiro passo é consultar a legislação de sua região (quais orientações os órgãos ambientais de sua cidade indicam para a lida com seu efluente). Geralmente, áreas rurais que não possuem lençol freático aflorado e nem tão próximo da superfície podem fazer a infiltração do efluente tratado em sumidouros, que são buracos feitos no solo com o aditivo de alguns elementos como britas, por exemplo. A função do sumidouro é dispersar o restante da matéria orgânica para que o próprio solo faça a decomposição do esgoto separando-o da água limpa.

Já em regiões próximas de rios e com lençol freático aflorado ou próximo do solo, um tratamento feito com estações comapctas de tratamento de esgoto se faz ncessário para que você possa infiltrar a água com segurança ou mesmo lancá-la em corpo hídrico (como rios e lagoas, ao exemplo).

Uma outra possibilidade nesses casos é fazer a aspersão dessa água tratada, uma vez que além de muito limpa, possui excelentes nutrientes para a irrigação. Este é um modelo de reúso de esgoto tratado que vem aumentando bastante no Brasil, além de ser uma maneira mais sustentável de lidar com o efluente tratado.

Ah, mas e os biodigestores?

Via de regra: Evite-os! A grande maioria dos biodigestores “de prateleira” não atendem normas básicas para o tratamento de esgoto como a NBR 7299/93 e NBR 13969/97, apesar de muitas empresas prometerem este feito! Por isso, exija sempre um laudo técnico caso decida arriscar-se neste tipo de produto.

Cisterna Água Potável x Água da Chuva

Com o novo risco de uma crise hídrica batendo à porta de diversas cidades a busca por alternativas para melhorar o desempenho hídrico dos imóveis é um assunto que volta a ganhar evidência. Neste cenário, surgem inúmeras dúvidas e questionamentos sobre os sistemas disponíveis atualmente no mercado nacional.

A crise hídrica de 2014, que afetou grande parte do Sudeste, em especial, revelou como as cisternas podem ser fortes aliadas no combate ao fantasma do racionamento, uma vez que são capazes de reduzir drasticamente o consumo de água potável de um imóvel, consequentemente reduzindo a pressão sobre os sistemas de distribuição em períodos onde a oferta de água é prejudicada principalmente pela ausência de chuvas.

Antes de falar dos benefícios que uma cisterna é capaz de ofertar, precisamos conhecer os tipos de cisternas disponíveis atualmente, pois se engana quem acha que a cisterna é um item exclusivo ao aproveitamento de água da chuva, mesmo sendo a cisterna para água da chuva o modelo mais desejado e procurado.

Água pra beber…

O primeiro e mais desconhecido tipo de cisterna é a cisterna para água potável. Pode não parecer, mas armazenar a água potávem em uma cisterna e não em uma caixa d’água é uma opção que pode trazer inúmeras vantagens.

A primeira delas a se destacar é a instalação. Via de regra, a maioria das instalações de cisternas se dão de forma aterrada (daí a principal diferença entre cisternas e caixas d’água). A cisterna é especialmente construída para ter mais resistência às cargas do solo. Uma instalação aterrada garante, além de maior inércia térmica, maior sobrevida da água, uma vez que ela não estará exposta ao sol nem mesmo à drástica variação de temperatura.

Uma segunda vantagem é em relação ao espaço, pois a cisterna pode ser enterrada em seu jardim, de maneira discreta e com o acesso muito mais fácil para futuras limpezas e manutenções.

Por último, convém destacarmos a versatilidade da cisterna para água potável, uma vez que, diferentemente das caixas d’água, as cisternas são equipamentos dimensionados sob medida, especialmente as de fibra de vidro, cujo reservatório pode chegar aos 80.000 litros – Facilitando assim, a aplicação do sistema para fins industriais que requerem uma alta carga de armazenamento, por exemplo.

A única desvantagem da cisterna para água potável x cisterna para água da chuva é que este modelo nada infere sobre a economia de água, uma vez que misturar água potável e água da chuva não é nada salubre (e nem permitido no Brasil), além disso, a criação de uma reserva emergencial de água potável também acaba indo contra a ideia de economia, algo possibilitado pelo modelo para água da chuva, ainda que seja uma prática cada vez mais comum em novas construções.

Agora sim, a grande estrela

Se você veio a ester artigo para ler sobre a cisterna para aproveitamento de água da chuva, agora sim, chegou a vez dela! Queridinha do pessoal que deseja ter mais economia e uma construção mais sustentável, este modelo é de longe o mais procurado e em todas as escalas. Das pequenas cisternas de 5.000 litros às maiores de 80.000, ter uma cisterna virou não somente sinal de sustentabilidade e economia, mas também um critério indispensável nas certificações verdes e na valorização final do imóvel.

A ideia de armazenar a água da chuva para fins não potáveis nos grandes centros urbanos é algo relativamente novo, mesmo sendo a cisterna uma tecnologia já bastante conhecida há milênios. Foi apenas por volta dos anos 2.000 que o modelo para residências começou a ganhar espaço, evidência e escala aqui no Brasil e desde então rapidamente caiu no gosto do brasileiro.

Se não pelo amor, pela dor… As Cisternas para retardo

Engana-se aquele que acha que ter uma cisterna é mero modismo ou uma tendência passageira. Cada vez mais o próprio poder público vem exigindo a prática da retenção e armazenamento da água da chuva das pessoas. Isso porque, uma vantagem pouco observada destes sistemas é que eles “compensam” as áreas impemermeabilizadas de uma construção e, consequentemente, acabam por reduzir o risco de enchentes nos grandes centros urbanos quando utilizados em larga escala. Em algumas cidades, a utilização de tanques de retardo, um modelo específico de cisterna para retenção da água da chuva, vem sendo obrigatória à medida em que surgem novas construções. Tal medida não visa apenas o desenvolvimento sustentável e a economia do usuário, mas sim tal compensação de área impermeabilizada.

Ter uma cisterna é, acima de tudo, uma questão estratégica que carrega consigo benefícios econômicos, sociais e ambientais e, por isso, é um dos sistemas mais sustentáveis para incluir em sua construção!

Fale com a EcoCasa e descubra as possibilidades para seu projeto! Você pode economizar até 70% em seu consumo de água potável e ainda recuperar seu investimento com a economia obtida.

Nos vemos no próximo artigo!

Hiago Vilar

Desde 2001 Sustentando Ideias e Viabilizando Soluções

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