Arquivo da categoria: Crise Hídrica

Água de Reúso nos sistemas de irrigação

Como as tecnologias de reúso de esgoto tratado estão revolucionando a gestão hídrica no Brasil?

A busca por soluções tecnológicas para os graves problemas de gestão hídrica que o Brasil vem enfrentando ocasionou um consequente aumento no número de tecnologias disponíveis e cada vez mais viáveis para quem deseja investir na sustentabilidade hídrica de seu imóvel, uma das opções é o reúso de esgoto tratado.

A técnica consiste em realizar o tratamento biológico do esgoto doméstico, e na sequência, utilizar tecnologias avançadas para purificar esta água, tornando-a própria para reúso.

Vale ressaltar que cada tratamento varia de acordo com a especificidade do uso posterior pretendido. Sendo que a irrigação paisagística, tem sido um dos usos mais procurados nos últimos meses.

Como fazer o reúso para irrigação?

Existem basicamente duas formas de fazer o reúso do esgoto em sistemas de irrigação. A primeira, dá-se diretamente após o tratamento final da água, pois esta já atinge um padrão ideal para o reúso direto.

Já a segunda, dá-se através do sistema Eco Blend. Neste sistema, o que ocorre é uma mistura da água de reúso com a água da chuva, quando há no empreendimento um volume de água da chuva reservado para a irrigação – Desta forma, a otimização sustentável do sistema é ainda maior, uma vez que o mesmo não fica única e exclusivamente dependente de uma fonte somente.

O primeiro passo para descobrir qual é o sistema ideal para seu projeto é um pré-dimensionamento, este que deve ser feito por profissionais da área pois requer alguns estudos bastante aprofundados e específicos para saber o potencial de economia de um determinado empreendimento.

Se você quiser saber qual é o sistema ideal para seu projeto, não deixe falar com nosso time de especialistas. A EcoCasa possui a tecnologia certa para te ajudar a economizar muita água e investir no que há de mais moderno em tecnologias para a construção sustentável.

3 Coisas que Ninguém te Contou Sobre Uma Cisterna

A princípio a ideia de aproveitar água da chuva pode parecer algo relativamente simples e fácil de fazer! Mas para não cair na armadilha de um sistema que não entregará um desempenho mínimo a ponto de realmente causar um impacto positivo em sua conta de água, resolvi separar neste artigo 3 coisas que iniciantes no assunto comumente não sabem e que muitas vezes podem acabar causando uma certa frustração.

1) Não é só “jogar” a água em um reservatório

Freio d’água

Se engana quem pensa que, para aproveitar água da chuva, basta jogarmos a água de qualquer jeito dentro de nossa cisterna ou até mesmo em uma caixa d’água qualquer. Se você fizer isso, acabará por ter uma ingrata surpresa ao utilizar sua água, pois esta estará turva e provavelmente contaminada. Isso porque, segundo orienta a norma brasileira para aproveitamento de água da chuva, a NBR 15.527, um elemento crucial para um sistema que proporcionará a qualidade ideal da água é o Freio D’água. Um dispositivo que se aloja ao fundo da cisterna, recebendo a água após o filtro para água da chuva, e que diminui sua velocidade de entrada. Desta forma, pequenas particulas de poeira que possam acabar passando pela malha do filtro para água da chuva se depositam no fundo da cisterna. Consequentemente, a água da parte superior permanecerá mais limpa.

 

 

2) Captando a água da maneira correta

Boia coletora

Como você já sabe agora, se temos nossa água mais limpa na parte superior da cisterna, precisamos de um mecanismo para captar essa água sem ter contato com a água do fundo. Para isso, utilizamos um dispositivo pouco conhecido, chamado Boia Coletora. Essa boia vai conectada a uma mangueira que, por sua vez, conecta-se à bomba. Dessa forma, a bomba só ira succionar a água da parte superior da cisterna, garantindo uma água muito mais limpa e com as características visuais desejadas para seu uso.

 

 

 

3) Uso enterrado da Cisterna

Pouca gente sabe, mas a Cisterna, idealmente falando, deve sempre ser enterrada, até por isso sua estrutura é bem mais forte do que a de uma caixa d’água comum. O motivo é também a manutenção da qualidade da água, uma vez que enterrada a cisterna fica protegida da incisão de raios solares, que podem neste caso ocasionar a proliferação mais rápida de alguns microorganismos. Com a cisterna enterrada ganha-se em desempenho, qualidade e até mesmo com a inércia térmica da água, que estará sempre em uma temperatura adequada ao uso.

 

Estas foram as 3 dicas do artigo de hoje! E caso queira ter um sistema realmente capaz de oferecer todas as funcionalidades que um sistema de aproveitamento de água da chuva profissional deve ofertar para seu imóvel, não deixe de falar com nosso time de especialistas para saber o modelo ideal para você!

Qual o Tamanho Máximo de uma Cisterna?

As Cisterna para Aproveitamento de Água da Chuva são sistemas bastante versáteis e muito utilizados em construções residenciais. Neste seguimento, os modelos mais comuns variam entre 5.000 Litros até 30.000 Litros. Modelos de Cisterna que são relativamente pequenos quando comparados aos sistemas industriais e comerciais.

Mas afinal, qual é o tamanho limite de uma Cisterna?

As Cisternas de PRFV, ou Fibra de Vidro, como é o caso da Cisterna Pronta, não possuem uma limitação de volume. Na grande maioria das vezes, as limitações em relação ao tamanho da cisterna são meramente logísticas, uma vez que existem diversas possibilidades de formatos e diâmetros a serem produzidos. Por isso, usualmente limitamos nossos tanques em 50.000 Litros, pois é um tamanho que proporciona alto volume e que pode ser facilmente transportado até o local da obra. Mas já chegamos a produzir modelos superiores e isso vai depender bastante de cada projeto.

E quando preciso de mais de 50.000L?

Para nós, cada projeto é único! Por isso precisamos estudar diversos fatores para decidir se é possível produzir uma cisterna maior do que a de 50.000 Litros ou se é melhor modularmos o projeto em diversos reservatórios.

Fato é que, aqui na EcoCasa, não existe projeto impossível! Por isso, você tem à sua disposição um departamento de engenharia que te auxiliará na tomada de decisões sobre a melhor forma de organizar seu sistema para que ele seja eficiente e fácil de instalar.
Clique aqui e fale agora mesmo com nossos especialistas! Eles estão prontos para auxiliar a tirar seu projeto de aproveitamento de água da chuva do papel.

Tecnologias Ambientais: Custo ou Investimento?

O que separa uma tecnologia ambiental de ser um custo a mais em sua obra ou um investimento que trará retorno financeiro é uma palavra que muitas das vezes é ignorada no desenvolvimento do projeto: Dimensionamento.

O dimensionamento das tecnologias é o único e melhor caminho para ter mais previsibilidade acerca da economia que seu sistema irá gerar, seja ele um sistema de energia alternativa ou de eficiência hídrica, que são as duas vertentes de tecnologias ambientais que mais geram retorno sobre o investimento na atualidade.

Existem ainda outras variáveis que interferem positivamente no retorno sobre o investimento feito nas tecnologias ambientais. A título de exemplo, historicamente, o custo da água aumenta, em média, 10% ao ano, conforme levantamento de nossa equipe, o que representa um aumento de 100% nos últimos 10 anos. Com este dado em mãos, podemos presumir que tal fator de crescimento acelera consideravelmente o retorno sobre o investimento. 

Você não precisa ter em sua equipe uma série de especialistas em dimensionamento, pois pode contar com nosso departamento de engenharia para isso. Clique aqui e compartilhe seu projeto conosco para saber de todas as possibilidades para seu projeto. 

Índice Pluviométrico ajuda a descobrir o tamanho da sua Cisterna

Já não é novidade aqui no blog da ECOCASA que aproveitar água da chuva traz enormes benefícios tanto para seu bolso quanto para o Meio Ambiente. No entanto, você já sabe o quanto poderia economizar com uma Cisterna Pronta?

Primeiro, é necessário saber o quanto chove na sua cidade e, então, ao cruzar tais dados pluviométricos com sua área de captação (a área total de telhado disponível para captação da água da chuva em m²), você poderá finalmente saber qual será o melhor custo-benefício para garantir água da chuva durante o ano inteiro. É desta forma que dimensionamos a melhor cisterna para cada projeto específico.

Continue lendo Índice Pluviométrico ajuda a descobrir o tamanho da sua Cisterna

ETE, ETA e ETAR: Descubra as Diferenças Essenciais

As tecnologias ambientais desempenham um papel crucial na preservação do ecossistema, oferecendo soluções inovadoras e sustentáveis para mitigar o impacto ambiental causado pelas atividades humanas. Nesse contexto, a gestão responsável da água, nossa principal matéria-prima, torna-se essencial. Então agora, vamos descobrir de uma vez por todas, entre: ETE, ETA e ETAR: quais as Diferenças Essenciais?

Da mesma maneira que você já deve ter pensado:  quais as diferenças dos outros,  como Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), de Água (ETA) e de Água de Reúso (ETAR).

 

As ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto) desempenham um papel fundamental ao tratar o esgoto, garantindo que mais de 95% das impurezas sejam removidas. Isso permite que o esgoto tratado retorne ao meio ambiente sem contaminar o solo ou os lençóis freáticos, contribuindo para a preservação dos recursos hídricos.

 

Por outro lado, as ETAs (Estações de Tratamento de Água) são responsáveis por purificar a água proveniente de diversas fontes naturais, como poços artesianos e rios. A purificação realizada varia de acordo com a qualidade da água e sua finalidade específica em cada contexto.

 

Além disso, temos a ETAR (Estação de Tratamento de Água de Reúso), que trata a água proveniente de outras estações, como as ETEs e as ETACs (Estações de Tratamento de Águas Cinzas). Essas estações desempenham um papel crucial no tratamento da água para usos específicos, como reúso não potável e processos industriais.

 

Se deseja obter mais informações sobre estações de tratamento e encontrar a melhor solução para seu empreendimento, entre em contato com nossos especialistas hoje mesmo.

Tanque de Retardo – Você Ainda Pode Precisar Dele

Tanque de retardo, caixa de retenção, piscininhas… São vários os nomes para um sistema cada vez mais necessário e utilizado em novas construções e até mesmo em construções já prontas.

Apesar de recente, a ideia de se reter a água da chuva de maneira a compensar a área impermeabilizada em um terreno vem ganhando também força legislativa, como no caso da “Lei das Piscininhas” que foi estabelecida em São Paulo, em 2 de janeiro de 2007.

Esta classe de lei vem sendo implementada desde então em diversos municipios, tendo como objetivo principal evitar a sobrecarga de água em rios e mananciais que acabam por acarretar em enchentes.

Você pode estar se perguntando qual seria o destino dessa água, e se ela poderia ou não ser aproveitada como se faz com as cisternas para aproveitamento de água de chuva. Bem, existem alguns pontos importantes a serem observados dos quais destaco a seguir:

A Própria Legislação

Antes de construir é crucial que tanto você quanto os profissionais envolvidos em seu projeto estejam cientes de todas as leis e normas a serem seguidas no momento da construção, sejam elas municipais e/ou estaduais. Constantemente novas leis relativas a construção sustentável surgem, e muitas vezes, trazendo até benefícios, como é o caso do IPTU verde, que já existe em diversas cidades do Brasil.

Sobre o tanque de retardo, o que vale ressaltar é que, de acordo com a lei de sua cidade, você pode sim armazenar a água da chuva para aproveita-la, mas muitas vezes isso requer alguns cuidados extras relativos ao volume e tratamento da água (do qual falarei no próximo tópico) – Eventualmente, você precisará dimensionar um reservatório um pouco maior, que faça a liberação de uma quantidade específica e exigida pela lei após um certo tempo depois da chuva, mantendo uma parcela menor em sua cisterna que será aproveitada para fins não potáveis.

O Tratamento em Sí

Normativamente falando não se deve aproveitar água da chuva fazendo a coleta da água do chão, o que comumente é requerido pelas leis das piscininhas, afinal, o que se deve compensar é a área total impermeabilizada, não se limitando essa à área de telhado. Daí surgem dois horizontes póssíveis:

O primeiro seria a segregação da água do telhado da água do chão com a utilização de duas cisternas ou uma cisterna composta, uma nova tecnologia de cisterna que desenvolvemos na EcoCasa justamente para atender este tipo de demanda. A Cisterna Pronta Composta é um único reservatório compartimentado com dois tipos de sistemas de automação – Sendo o primeiro para o uso da água da chuva em descargas, torneiras, etc que recebe a água proveniente dos telhados. E o segundo, projetado com bombas mais potentes e um sistema de automação programado para esvaziar a parte do reservatório que recebeu a água do chão em um certo tempo conforme demande a lei de seu municipio.

O segundo, seria com o tratamento de toda a água, inclusive a água proveniente do chão. Neste caso, é possível fazer um tratamento mais avançado, ou então um tratamento básico, porém, neste segundo modelo, o uso da água armazenada acaba ficando mais restrito, tal como para irrigação posterior, que é também uma maneira de devolver a água para a natureza evitando a sobrecarga do sistema hídrico.

Se você descobriu recentemente que precisará de um tanque de retardo, ou se já planeja construir o seu, descubra todas as oportunidades de economia clicando aqui e falando com nosso time de especialistas. Podemos fazer a análise de seu projeto e indicar as melhores opções para que você possa, inclusive, recuperar seu investimento economizando a água potável adquirida da rede pública de sua cidade.

A Era das Crises Hídricas

Quem paga mais caro na conta de luz muitas vezes nem imagina que o evento atual tem ocorrido em detrimento de uma crise hídrica silenciosa, mas que vem trazendo risco e prejuízo ao bolso do brasileiro.

Com a chegada do período de estiagem em grande parte do Brasil, o nível da água dos reservatórios das principais hidrelétricas estão se esvaziando, tornando a produção de energia mais cara e difícil. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), estamos enfrentando a pior escassez de chuvas para a produção energética dos últimos 91 anos.

Dentre os principais reservatórios para a produção de energia elétrica, localizados no Centro-Oeste e no Sudeste, alguns atingiram o pior nível em 22 anos. São os reservatórios: Marimbondo e Água Vermelha, em São Paulo e Minas Gerais, na bacia do rio Grande; Nova Ponte (MG); Itumbiara e São Simão, no rio Parnaíba, entre Goiás e Minas Gerais.

Mas não é por aí que os problemas acabam. Segundo relata o professor do Instituto de Energia e Ambiente da USP, Pedro Cortes, em matéria para a CNN Brasil, a crise atual também afeta de forma severa o Sistema Cantareira, um dos mais afetados durante a crise de 2014. Segundo Cortes, “Ela é pior do que a de 2013 porque hoje nós temos 20% menos água armazenada do que no período anterior” (fonte).

Além disso, diversas cidades do interior já começam a sofrer alguns problemas de abastecimento. Algumas, inclusive, têm recorrido ao racionamento no período noturno. Em Salto, no interior de São Paulo, as bombas que captam a água no Ribeirão Piraí, tiveram que ser desligadas, dado o baixo volume do sistema. Outra cidades como Itu e Valinhos também passam por problemas similares. (fonte).

Desde a crise de 2014 as pessoas começaram a despertar para a necessidade de se ter uma reserva de emergência de água em casa, momento em que as Cisternas, fossem elas para água potável ou água da chuva, ganharam grande evidência. Enquanto a cisterna para água potável era apontada como uma ótima solução para reserva emergencial, por manter por um maior periodo a qualidade da água e também por ampliar o volume de armazenamento, a cisterna para água da chuva ganhou evidência justamente por ajudar a reduzir (e muito) o consumo.

Apesar de ser um sonho ainda distante, se toda residência tivesse uma cisterna para aproveitamento de água da chuva em grandes centros urbanos muitos problemas seriam diminuidos, quando não mitigados. O primeiro deles seria a ocorrencia de enchentes e alagamentos, uma vez que o uso de cisternas para aproveitamento de água da chuva em larga escala colabora com a compensação da área impermeabilizada (principal problema causador das enchentes). Além disso, o uso de água da chuva em grande escala também diminuiria drásticamente a pressão sobre os reservatórios de abastecimento de água potável.

Porém, para agravar este cenário, é como se estivessemos voltando para os anos 2000, quando um grave apagão assombrou o País. Na época, não existiam muitas soluções, foi quando começou a ganhar evidência o uso de arquecedores solares. Já nos dias atuais, temos a opção das energias alternativas, e a regra continua sendo a mesma do que em 2014 – As ações que poderão resolver ou diminuir o problema das crises hídricas devem partir não somente do Governo, mas também de cada um de nós.

Atualmente o uso de cisternas consorciadas com energias alternativas traz benefícios em todas es esferas, a começar pelo bolso, pois ambos os investimentos se recuperam, em média, em 7 anos. Já os benefícios para a sociedade só serão atingidos quando ambos os sistemas forem utilizados em larga escala! O que requer uma ação conjunta entre governantes e setor privado para que os sistemas se tornem cada vez mais acessíveis e viáveis, para que aí então, possamos incluir as tecnologias ambientais de uma vez por todas na cultura do brasileiro.

Ainda há muito o que se fazer e desenvolver, e é por isso que desde 2001 a EcoCasa está no front em desenvolver novas tecnologias para o melhor gerenciamento hídrico e numa luta constante para a viabilidade técnica e econômica dessas tecnologias!

Faça sua parte e conte com nosso time de especialistas para sustentar novas ideias e viabilizar novas soluções!

Na Contramão, Mercado da Construção Civil se Aquece Durante a Pandemia

Parece que apesar do baixo poder de compra que as pessoas têm enfrentado e da forte crise econômica desencadeada pela pandemia, o segmento da construção civil, principalmente a de alto padrão não deve perder seu ritmo de crescimento, ao menos pelos próximos meses.

Um movimento atípico é observado nesse setor e algumas causas começam a ser exploradas para explicar o motivo do boom, principalmente em novos empreendimentos e construções de alto padrão. O principal e mais óbvio motivo foi a rápida e necessária adequação das pessoas a um novo estilo de vida e de trabalho. Com a ascenção do Home Office, que definitivamente veio para ficar, as pessoas passaram então a buscar espaços maiores e mais confortáveis.

Outro fator importante é a adaptação ao ambiente. Ao passar mais tempo em casa, é natural que as pessoas comecem a observar melhor o ambiente e fazer movimentações, o que explica o aumento da demanda em pequenas reformas e por itens de decoração. Para se ter uma ideia, segundo a startup ArqExpress, que oferece serviços de decoração e arquitetura, a procura por reformas cresceu 400% desde março, quando houve o início do isolamento social no Brasil.

Já nas construções de alto padrão, nota-se uma preocupação voltada ao investimento de longo prazo, movimento observado nos imóveis de luxo que tendem a continuar crescendo e que se atenua dada as incertezas do cenário nacional e mundial em relação ao mercado.

Riscos Eminentes

É claro que tais movimentos são observados com olhos de otimismo, uma vez que a construção civil é uma das áreas que mais empregram no Brasil ao lado do saneamento, telecomunicações, e outras áreas influenciadas pela construção. Porém, sabemos que este também é o setor que mais causa impactos ambientais e que mais modificou o Meio Ambiente nas últimas décadas. Por isso, apesar de parecer clichê, convém lembrar a importância de se pensar a construção com o menor impacto ambiental possível, algo há muito estudado pela arquitetura sustentável.

Para o Arquiteto e Urbanista Paulo Trigo, do escritório TETO Arquitetura Sustentável, de Limeira, SP, é muito importante observar o sítio da construção de maneira a pensar-se uma construção que utilize melhor os recursos naturais como a luz e o vento, além de considerar na construção materiais que geram menor impacto, como o tijolo de solo-cimento. Além disso, é muito importante a utilização de cisternas para aproveitamento de água da chuva e retenção de águas pluviais, assim como o uso de energias alternativas e o tratameto correto de resíduos sólidos e do esgoto doméstico. Apesar de parecer mais caro, este tipo de arquitetura ganha no desempenho, pois por proporcionar uma obra mais limpa evita o desperdício de materiais, que são mais caros, porém menos consumidos. Segundo Paulo, o custo por metro quadrado muito se assemelha a uma construção de médio padrão.

Caso queira saber mais sobre como construir de maneira mais sustentável, não deixe de falar com nossos especialistas e solicitar uma consultoria especializada, afinal, não há nada mais importante em uma construção do que torna-la eficiente, sustentável e valorizada – Características essas que toda tecnologia ambiental pode agregar a seu projeto!

Um abraço e até o próximo artigo!

Várias Crises, Várias Épocas, Um mesmo Problema

O ano era 2001, o evento era o apagão, o país entrava numa crise energética sem precendentes, afentando de forma severa a economia e a vida das pessoas.

A crise do apagão impôs uma nova forma de observarmos as questões ambientais e climáticas, pois tendo o Brasil uma matriz energética basicamente hidreletrica a crise na realidade não era só energética era uma severa crise hídrica.

Em 2014/2015, novamente o tema volta à pauta. Uma nova crise hídrica tida como ainda mais severa que todas as anteriores afeta agora o fornecimento de água em grandes centros urbanos, especialmente na região Sudeste do Brasil. Deste vez, as torneiras secam.

As pessoas não tinham água para suas atividades mais básicas do dia a dia, medidas emergênciais foram tomadas e, como sempre, a natureza deu mais uma chance e as chuvas voltaram na temporada seguinte.

Esperava-se, portanto, que as lições tivessem sido aprendidas, mas pouco foi feito em termos de despoluição dos rios, proteção de nascentes, tratamento de esgoto e planejamento de longo prazo, entre outras ações importantes.

Agora é 2020 e o mundo enfrenta o inimaginável, uma pandemia global, o novo Coronavirus coloca a maioria das pessoas confinadas em suas casas e, portanto, demandando mais recursos, especialmente água. Embora não existam dados consolidados, estima – se que o confinamento das pessoas em casa e a necessidade de maiores cuidados com a higiêne pessoal e de útensilios, tenha gerado um aumento no consumo de água entre de entre 30 e 50% nos grandes centros (Fonte: UFRGS).

Não bastasse a crise mundial causada pela COVID 19, nas ultimas semanas de maio de 2021 órgãos do governo federal ligados à gestão de recursos hídricos emitiram um alerta de emergência hídrica, pois segundos os técnicos a situação atual dos reservatórios é pior que em 2013, antes da maior até então registrada crise hídrica.

No entanto, dados metereológicos indicam que a atual crise de falta de chuvas, é a maior desde 1931, isto somado à má gestão dos recursos hídricos, aumento do desmatamento e ausência de políticas ambientais, farão da falta d’água um dos principais problemas a serem geridos nos próximos meses de 2021 e inicio de 2022.

O cidadão, como parte da solução e principal afetado, deve neste momento tomar conciência e contribuir de forma importante para mitigar o problema, seja cobrando maior responsabilidade das autoridades públicas no tocante aos cuidados com o Meio Ambiente e Recursos Hídricos, seja em ações domésticas e empresárias em favor da economia de água e uso de fontes alternativas, como o reúso de esgoto tratado ou aproveitamento de água da chuva, mesmo que esporádicas.

Vamos juntos enfrentar mais este desafio!

Marcio Pereira
CEO da EcoCasa Tecnologias Ambientais