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O que fazer com meu esgoto tratado?

Não! Você não leu errado! Para a maioria das pessoas esse título pode soar um tanto quanto estranho, mas para quem descobriu agora que terá que fazer o tratamento do esgoto de seu empreendimento, muitas dúvidas surgem nesse momento, e é sobre isso que falaremos no post de hoje!

Primeiramente, o que é o esgoto?

Esgoto, árguas servidas, águas residuais, ufa… Existem diversos termos para caracterizar o que é o esgoto. Mas basicamente, trata-se de todos os resíduos líquidos domésticos e/ou industrias que precisam de algum tipo de tratamento adequado e específico para que as impurezas sejam removidas o máximo possível da água, para que assim, ela possa ser devolvida à natureza sem causar maiores danos seja ao Meio Ambiente ou à saúde humana e de todos os seres vivos que mais tarde poderão ter algum tipo de contato com essa água.

Além disso, este é um tema bastante recorrente aqui no blog e que atraí bastante o interesse das pessoas. Principalmente quando o assunto é o destino do efluente tratado, pois muita gente sequer imagina o que dá pra fazer com ele.

Água, uma eterna reciclagem…

Um ponto importante para compreendermos a dinâmica por trás o destino do esgoto tratado é compreendermos que a água nunca acabou e nem acabará! Espantou-se com essa afirmação? Calma que eu te explico!

A água presente no Planeta Terra é exatamente a mesma desde a sua origem, inclusive a água que você carrega nesse momento em sua massa (sim, você é composto praticamente pela metade de água!). Toda essa água do planeta está “presa” num ciclo eterno de evaporação e precipitação (chuvas) – Fala-se tanto em crises hídricas e falta d’água por 2 fatores principais: Falta de infraestrutura e gestão e mudanças ambientais, estas que muitas vezes nos tiram o poder de previsão sobre as chuvas e, consequentemente, sobre a capacidade real dos reservatórios.

Agora que você já sabe que a água nunca acaba, existe um terceiro elemento aí que chegou chegando para influenciar na dinâmica do fluxo das águas – O ser humano com seu exclusivo sistema de tratamento de efluentes.

Se o homem poluí a água, tornado-a imprópria e contaminada, ele precisa limpa-la

Mais óbvio que esse longo subtítulo é a necessidade que temos em cuidar bem da água. E é exatamente aí que entram as estações de tratamento de esgoto. Seu papel é exclusivamente retirar as impurezas da água e coloca-la de volta em seu ciclo natural. Logo, é bem possível que a água que você bebe provavelmente já tenha sido o esgoto de alguém algum dia, ou até mesmo já esteve em diversos lugares do Mundo.

Você deve saber que bem aí, na sua cidade, provavelmente existam ao menos 2 estações, conhecidas como ETE e ETA. A primeira delas, trata o esgoto antes de devolve-lo aos rios e mananciais. Já a segunda, faz a captação dos rios e faz um grande tratamento, deixando-a potável – O que é feito naturalmente na natureza, através de um processo conhecido como autodepuração, onde a própria natureza acaba fazendo a filtragem da água presente nos dejetos dos animais.

Respondendo a pergunta central deste artigo…

Como você bem deve imaginar, quem precisa tratar seu esgoto através de uma estação compacta de tratamento de esgoto doméstico deve antes de tudo saber das possibilidades e limitações de seu empreendimento. Basicamente existem 3 cenários possíveis, são eles:

  • Infiltração – A infiltração em valas é o método mais comum para dispor o efluente tratado de volta na natureza. Este método é muito utilizado pois admite modelos de estações mais em conta, como a SATE – o Sistema Aneróbio de Tratamento de Esgoto da EcoCasa. Seu funcionamento é similar ao das fossa sépticas com o diferencial de atender a todas as normas pertinentes para este tipo de tratamento, que remove, em média, 60% da carga orgânica do esgoto. O restante da filtração e degradação da matéria é feito naturalmente pela terra.
  • Disposição em corpos hídricos – Para poder lançar o esgoto tratado em rios ou mesmo lagos ornamentais, é crucial que seja feito um tratamento avançado (que contemple etapa anaeróbia, aeróbia e desinfecção) – Para essa finalidade utiliza-se a EcoTED – A Estação Compacta de Tratamento de Esgoto da EcoCasa, capaz de remover acima de 95% da matéria orgânica do efluente.
  • Reúso de Esgoto Tratado – Novas tecnologias permitem que o esgoto, após tratamento, receba um tratamento conhecido como terciário, que irá remover o restante da carga orgânica do esgoto tratado e conferir-lhe algumas características de acordo com o uso, por exemplo. No caso da irrigação, requere-se um pós-tratamento mais simples. Já para o reúso em vasos sanitários, um tratamento mais avançado é requerido.

Enfim, resumidamente, estas são as opções que você tem ao seu dispor para cuidar de seu esgoto, que também é seu lixo! Então, nada como cuidar bem deste resíduo que nos garante a melhor gestão hídrica da água! E para isso, você pode contar com toda nossa experiência e tecnologia. Clique aqui e compartilhe seu projeto com nossos especialistas! Será um prazer ter você em nosso time de pessoas que acreditam num mundo mais humano e sustentável!

Um abraço e até o próximo artigo!

Na Contramão, Mercado da Construção Civil se Aquece Durante a Pandemia

Parece que apesar do baixo poder de compra que as pessoas têm enfrentado e da forte crise econômica desencadeada pela pandemia, o segmento da construção civil, principalmente a de alto padrão não deve perder seu ritmo de crescimento, ao menos pelos próximos meses.

Um movimento atípico é observado nesse setor e algumas causas começam a ser exploradas para explicar o motivo do boom, principalmente em novos empreendimentos e construções de alto padrão. O principal e mais óbvio motivo foi a rápida e necessária adequação das pessoas a um novo estilo de vida e de trabalho. Com a ascenção do Home Office, que definitivamente veio para ficar, as pessoas passaram então a buscar espaços maiores e mais confortáveis.

Outro fator importante é a adaptação ao ambiente. Ao passar mais tempo em casa, é natural que as pessoas comecem a observar melhor o ambiente e fazer movimentações, o que explica o aumento da demanda em pequenas reformas e por itens de decoração. Para se ter uma ideia, segundo a startup ArqExpress, que oferece serviços de decoração e arquitetura, a procura por reformas cresceu 400% desde março, quando houve o início do isolamento social no Brasil.

Já nas construções de alto padrão, nota-se uma preocupação voltada ao investimento de longo prazo, movimento observado nos imóveis de luxo que tendem a continuar crescendo e que se atenua dada as incertezas do cenário nacional e mundial em relação ao mercado.

Riscos Eminentes

É claro que tais movimentos são observados com olhos de otimismo, uma vez que a construção civil é uma das áreas que mais empregram no Brasil ao lado do saneamento, telecomunicações, e outras áreas influenciadas pela construção. Porém, sabemos que este também é o setor que mais causa impactos ambientais e que mais modificou o Meio Ambiente nas últimas décadas. Por isso, apesar de parecer clichê, convém lembrar a importância de se pensar a construção com o menor impacto ambiental possível, algo há muito estudado pela arquitetura sustentável.

Para o Arquiteto e Urbanista Paulo Trigo, do escritório TETO Arquitetura Sustentável, de Limeira, SP, é muito importante observar o sítio da construção de maneira a pensar-se uma construção que utilize melhor os recursos naturais como a luz e o vento, além de considerar na construção materiais que geram menor impacto, como o tijolo de solo-cimento. Além disso, é muito importante a utilização de cisternas para aproveitamento de água da chuva e retenção de águas pluviais, assim como o uso de energias alternativas e o tratameto correto de resíduos sólidos e do esgoto doméstico. Apesar de parecer mais caro, este tipo de arquitetura ganha no desempenho, pois por proporcionar uma obra mais limpa evita o desperdício de materiais, que são mais caros, porém menos consumidos. Segundo Paulo, o custo por metro quadrado muito se assemelha a uma construção de médio padrão.

Caso queira saber mais sobre como construir de maneira mais sustentável, não deixe de falar com nossos especialistas e solicitar uma consultoria especializada, afinal, não há nada mais importante em uma construção do que torna-la eficiente, sustentável e valorizada – Características essas que toda tecnologia ambiental pode agregar a seu projeto!

Um abraço e até o próximo artigo!

O que é uma Estação Compacta de Tratamento de Esgoto?

Esgoto: Riscos e perigos que devemos evitar

Em um dos posts passados falamos sobre como funciona o tratamento biológico de esgoto. No artigo de hoje, iremos responder mais uma dúvida bastante recorrente: O que são as estações compactas de tratamento de esgoto e qual seu papel para o desenvolvimento sustentável.

Estações de tratamento de esgoto são talvez a mais importante criação da engenharia moderna dos últimos tempos, uma vez que sem este sistema dificilmente as grandes civilizações teriam se desenvolvido, pelo menos com o mínimo de saúde possível.

Sabemos que o esgoto doméstico é um grande causador de doenças e um grande vilão da saúde pública, principalmente no Brasil, onde em muitas comunidades o esgoto a céu aberto ainda é uma realidade e um problema a ser combatido.

Porém, mesmo que toda a área urbana tivesse a rede de coleta funcionando corretamente, ainda teriamos um outro grande desafio: O esgoto nas áreas rurais e condomínios mais afastados das cidades.

Via de regra as estações municipais de tratamento de esgoto são dimensionadas para atender a maior parte da população de uma cidade, o que torna a expansão para tais áreas muitas vezes inviável.

É neste cenário e com o acréscimo do crescimento urbano constante e desenfreado que surge uma nova necessidade sanitária: A de utilização das estações compactas de tratamento de esgoto.

Há muito em chácaras, fazendas, sítios e condominios o uso das famigeradas fossas sépticas tem sido uma alternativa, porém nem sempre segura e viável, uma vez que este tipo de projeto costuma ser bastante artesanal, isso quando não se utilizam das fossas negras – Um modelo que hoje chega a ser criminoso dado seu risco e insalubridade, que se baseia em apenas um “buraco”escavado na terra onde se joga o efluente in natura sem nenhum tipo de tratamento posterior.

Apesar de costumeira essas práticas ao que tudo indica estão com os diaas contados, uma vez que cada vez mais prefeituras e órgãos fiscalizadores têm fechado o cerco contra fossas mal dimensionadas ou construídas e principalmente contra a fossa negra.

A solução ideal

Imagine só se, ao morar distante da rede de coleta de esgoto, você pudesse ter praticamente a mesma tecnologia empregada nas estações municipais atingindo níveis de despoluição do efluente iguais ou por vezes maiores, bem aí, no seu quintal.

Atualmente isso é mais do que possível, graças ao tratamento biológico de esgoto promovido pelas estações compactas de tratamento de efluentes.

Essas estações costumam ser pré dimensionadas de fábrica, de acordo com cada empreendimento e seus possíveis usos, o que diminui o risco de contaminação a praticamente 0. Além de tudo são sistemas automatizados que requerem o mínimo de intervenção humana e farão o tratamento do esgoto deixando-o com a qualidade ideal para descarte ou mesmo reúdo, dependendo do local e da aplicação.

O reúso de esgoto tratado, inclusive, é uma solução relativamente nova no Brasil, mas que já se torna possível graças às estações de tratamento mais avançadas.

Aqui na EcoCasa, possuímos diversos tipos de estações, que apresento a seguir:

SATE – A Evolução da Fossa Séptica

Croqui ilustrativo de instalação (Clique para Ampliar)

A SATE como você pode observar na imagem acima, é uma estação compacta de tratamento que substitui as fossas sépticas, sendo um sistema muito mais avançado e fácil de instalar.

Em um único reservatório que pode ser aterrado sem a necessidade de construção de lajes ou quaisquer outros tipos de infra civil, você já tem um sistema completo, que vai disponibilizar a água tratada para um sumidouro, que neste caso, fará o restante da depuração da matéria organica presente no efluente. Pode ser utilizada em empreendimentos comerciais, residenciais e até mesmo industrias.

EcoTED – Tratamento Avançado de Esgoto

A EcoTED é a estação de tratamento avançado e biológico de esgoto doméstico da EcoCasa. Com etapas adicionais de tratamento, sua eficiência chega a remover acima de 95% da carga orgânica do esgoto, deixando o esgoto tratado muito limpo e pronto para um possível sistema de reúso, que nesse caso pode ser utilizado para irrigação, por exemplo e até mesmo consorciado com um sistema de aproveitamento de água da chuva, aumentando consideravelmente a água disponívei para o reúso.

OASIS – Sistema de Reúso de Águas Cinzas

As águas cinzas são águas residuais captadas de torneiras e chuveiros (usualmente coletadas da cozinha e do banheiro). Este padrão específico de efluente possui características que tornam possível e viável o tratamento para reúso em usos mais específicos, como nas descargas de vasos sanitários e até mesmo lavagem de roupas. Ideal para ser utilizado em lavanderias, hoteis, industrias e setores que demandam grandes quantidades de água para tais finalidades, é um sistema que garante muita economia e sustentabilidade nos empreendimentos onde é aplicado.

Bem, esta foi uma rápida explicação sobre o que são as estações compactas de tratamento de esgoto e os benefícios que elas podem trazer ao seu empreendimento e para o desenvolvimento sustentável!

Quer saber a opção ideal pro seu projeto? Fale com nosso time, compartilhe seu projeto e deixe o restante com a gente!

Um abraço e até o próximo artigo!

Tudo Sobre Tratamento Biológico de Esgoto

Você vai ao banheiro, faz suas necessidades e com um simples apertar de um botão livra-se de seus dejetos rapidamente. Mas já parou pra pensar no caminho em que o esgoto doméstico percorre? Bem, nem sempre o destino dele possui um final feliz, principalmente no Brasil, onde praticamente metade da população ainda não possui sequer acesso a rede de coleta de tratamento de esgoto.

Os dados só ficam piores conforme nossa investigação para este artigo segue em frente. No portal Trata Brasil, encontramos facilmente informações sobre o tratamento de água e esgoto, assim como dados de saúde em relação a doenças causadas pela ausência do saneamento básico. Para se ter uma ideia, somente em 2018 foram registradas mais de 230 mil internações por doença de veiculação hídrica e 2.180 óbitos. Por isso antes de mais nada, é importante que você saiba: Esgoto é também um problema de saúde pública.

Mas não um problema de hoje…

Os dejetos na natureza possuem uma função importante no ciclo de desenvolvimento da fauna e flora, assim como toda a matéria orgânica, afinal, as fezes, por exemplo, são repletas de vitaminas, proteínas, carboidratos, e outros nutrientes que podem servir desde microorganismos a diversos tipos de plantas, insetos e animais.

O probema com o esgoto sanitário começa, mais precisamente, quando o homem se desvincula do estilo de vida nômade passando a dominar a agricultura e a criação de animais, um dos eventos cruciais para o surgimento da sociedade. Com isso, as populações de seres humanos começaram a surgir de maneira condensada e, consequentemente, altas cargas de esgoto sanitário começaram a ser produzidas. Por isso, o esgoto pode ser considerado um problema lançado desde a origem da humanidade.

Para piorar o cenário, o desenvolvimento urbano como você bem deve imaginar, não nasceu com as melhores tecnologias para a lida com o esgoto. Quando observamos, ao exemplo, a cidade de São Paulo – Foi somente em 1895 que a cidade recebeu o primeiro bairro pensado para ter infraestrutura de água e esgoto encanados, esse bairro, que você bem deve conhecer, chamava-se Boulevard Bouchard e atualmente é conhecido como Higienópolis. (Não se engana quem imagina que o nome atual desta região de São Paulo vem justamente da palavra higiene). Já a ideia de tratar o esgoto antes de lançá-lo ao meio ambiente, foi testada pela primeira vez em 1874 na cidade de Windsor, Inglaterra. 

Soluções de hoje e as ideias de amanhã…

Recentemente, com a aprovação do Marco de Saneamento, o Brasil deu um importante passo para a universalização do acesso às redes de coleta e distribuição com a ousada meta de levar o saneamento básico até 90% dos brasileiros até 31 de dezembro de 2033.

Basicamente, a lei é um movimento no sentido de abrir o mercado para empresas de saneamento que agora passam a concorrer por licitações em contratos de concessões. Até então, o modelo adotado era o de contratos de programa. Neste modelo, os contratos eram firmados, sem licitação, entre municípios e empresas estaduais de saneamento. Já “contratos de programa que já estão em vigor serão mantidos. No entanto, os contratos que não possuírem metas de universalização e prazos terão até 31 de março de 2022 para viabilizar essa inclusão. Se isso ocorrer, esses contratos poderão ser prorrogados por 30 anos.” – Fonte

Além disso, a lei instaura o Comitê Interministerial de Saneamento Básico, que terá por função melhorar a articulação institucional entre órgãos federais atuantes no setor, presidido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. Já a Agência Nacional das Águas (ANA) passa a ser reguladora do setor, de maneira a resolver impasses, definir e organizar as normas para a prestação de serviços relacionados ao saneamento básico e realizar o controle de perdas de água.

Outro destaque é o de que além de determinar a não interrupção dos serviços, redução de perdas na distribuição e exigir um padrão de qualidade na prestação dos serviços, a lei também passa a exigir o reúso e aproveitamento de água da chuva.

Já para o futuro, a maior aposta e possibilidade é o surgimento de tecnologias e estações de tratamento de reúso de água a fim de produzir água potável à partir do esgoto biológico, realidade que começa a tomar forma em alguns lugares do Mundo, porém ainda dependente da quebra de paradigmas relacionados à saúde e tecnologias efetivamente escaláveis e viáveis.

Não se assuste! Se no passado o esgoto doméstico, sinônimo de doenças, nos matava, é bem provável que o mesmo esgoto, de forma direta, seja uma alternativa viável para nossa sobrevivência.

Ah! E aqui na EcoCasa temos a tecnologia ideal para seu tratamento de esgoto! Seja para infiltração, descartes em corpo hídrico ou reúso! Envie seu projeto para nossos especialistas e retornaremos com a melhor alternativa para o gerencialmento hídrico de seu empreendimento!

Saudações e até a próxima!

Hiago Vilar

Referências

  • http://www.tratabrasil.com.br/saneamento/principais-estatisticas/no-brasil – Acessado em 10/06/2021
  • https://vejasp.abril.com.br/cidades/historia-higienopolis/ – Acessado em 10/06/2021
  • http://www.tratabrasil.org.br/blog/2020/01/07/a-origem-do-saneamento-basico/ – Acessado em 10/06/2021
  • https://www.gov.br/pt-br/noticias/transito-e-transportes/2020/07/novo-marco-de-saneamento-e-sancionado-e-garante-avancos-para-o-pais

Fossa Séptica – Cuidados e Orientações

Fossa séptica, fossa e filtro, biodigestores, estações compactas – Fala sério! Dá um trabalho saber qual é a melhor alternativa para tratar o esgoto doméstico, não é mesmo?

Por isso, minha missão nesse post é te apresentar as principais soluções que temos aqui no Brasil, seus prós e contras e finalmente te ajudar a escolher a melhor delas para seu caso! Então, sem mais demora, vamos nessa!

Primeiramente…

É preciso deixar bem claro que existem diversos motivos pelos quais você precisa fazer o tratamento do esgoto de seu imóvel, mas o principal deles, e aquele que te diz que você não deve economizar neste quesito, é a saúde! Afinal, não seria nada interessante saber que você ou mesmo seu vizinho, pode estar tomando água com esgoto infiltrado, o que pode ocorrer em casos onde o consumo de água de uma residência é proveniente de poços artesianos, geralmente utilizados em áreas que não contam com o sistema de distribuição de água e nem coleta de esgoto municipal.

Aliás, se esse é seu caso, não basta se preocupar apenas com o tratamento que você dá ao seu esgoto, mas também de todos os seus vizinhos, pois um tratamento inadequado pode causar doenças em toda a comunidade ao seu entorno. Principalmente em regiões de chácaras que comumente utilizam a fossa séptica e possuem alta circulação de pessoas.

Se tratando de esgoto…

Se engana quem acha que tratar esgoto é algo difícil. Na verdade, a própria natureza faria isso numa boa se não fossemos tantos Homo sapiens sapiens espalhados por aí. Mas o processo em sí, mesmo nas estações mais avançadas, continua sendo 100% biológico e dependente da natureza, com o uso mínimo de produtos químicos.

Basicamente, existem duas etapas principais de tratamento biológico de esgoto. A primeira delas é a etapa anaeróbia – A mesma (e única) utilizada nas fossa sépticas e a etapa aeróbia, que em resumo é a adição de ar em uma câmara posterior a uma ou mais etapas anaeróbicas.

Eu sei que a princípio pode parecer dificil de entender essas nomeclaturas e que comumente ligamos o termo aeróbio ao aeróbico da academia. Então vou explicar de um jeito simples a diferença destas duas etapas e porque elas se complementam.

A Etapa Anaeróbia

Quando o esgoto é lançado, seja aonde for, ele naturalmente irá se decompor parcialmente graças às bactérias presentes no próprio esgoto. Essas colônias de bactérias irão consumir a matéria orgânica do esgoto, transformando-o em um lodo. Quando jogado diretamente na natureza, essa remoção é de aproximadamente 25%. Já em uma fossa séptica no famoso sistema fossa e filtro, esse índice pode atingir até a média dos 60%. Isso porque, além de termos duas etapas de tratamento neste sistema, adicionamos o filtro aneróbio, que é composto de um elemento chamado de meio suporte, que retém algumas colônias de bactérias e consequentemente aumentam a capacidade de consumo de uma estação como a fossa séptica.

A Etapa Aeróbia

Já quando adicionamos uma terceira etapa após o filtro anaeróbio temos oficialmente uma estação compacta de tratamento de esgoto. A diferença é que, o esgoto que ainda tem cerca de 40% de carga orgânica será agora consumido por um outro tipo de bactéria. Ou seja, se na fossa séptica temos colônias de bactérias que se multiplicam em ambientes anaeróbios (sem ar), com a injeção de ar um novo tipo de colônia que se prolifera na presença do oxigênio consome quase todo o restante das cargas orgânicas. Dessa forma podemos alcançar uma remoção acima de 95% da carga orgânica inicial.

Como saber qual tipo de estação preciso?

A resposta é até meio óbvia, mas vou te explicar com alguns detalhes. O primeiro passo é consultar a legislação de sua região (quais orientações os órgãos ambientais de sua cidade indicam para a lida com seu efluente). Geralmente, áreas rurais que não possuem lençol freático aflorado e nem tão próximo da superfície podem fazer a infiltração do efluente tratado em sumidouros, que são buracos feitos no solo com o aditivo de alguns elementos como britas, por exemplo. A função do sumidouro é dispersar o restante da matéria orgânica para que o próprio solo faça a decomposição do esgoto separando-o da água limpa.

Já em regiões próximas de rios e com lençol freático aflorado ou próximo do solo, um tratamento feito com estações comapctas de tratamento de esgoto se faz ncessário para que você possa infiltrar a água com segurança ou mesmo lancá-la em corpo hídrico (como rios e lagoas, ao exemplo).

Uma outra possibilidade nesses casos é fazer a aspersão dessa água tratada, uma vez que além de muito limpa, possui excelentes nutrientes para a irrigação. Este é um modelo de reúso de esgoto tratado que vem aumentando bastante no Brasil, além de ser uma maneira mais sustentável de lidar com o efluente tratado.

Ah, mas e os biodigestores?

Via de regra: Evite-os! A grande maioria dos biodigestores “de prateleira” não atendem normas básicas para o tratamento de esgoto como a NBR 7299/93 e NBR 13969/97, apesar de muitas empresas prometerem este feito! Por isso, exija sempre um laudo técnico caso decida arriscar-se neste tipo de produto.

Como Escolher Uma Estação Compacta de Tratamento de Esgoto?

Os dados de saneamento básico são preocupantes e essa informação nos persegue já há muitos anos. Cada vez mais as pessoas optam por soluções que o mercado das tecnologias ambientais desenvolve. 

O uso de estações compactas de esgoto se tornou comum, atingindo principalmente as áreas rurais e mais afastadas dos grandes centros urbanos. Hoje trouxemos um passo a passo de como escolher a estação ideal para o seu imóvel. Continue lendo Como Escolher Uma Estação Compacta de Tratamento de Esgoto?

Tratamento Biológico de Esgoto – O Que é Uma Estação Compacta de Tratamento de Esgoto?

Falar de tratamento de esgoto atualmente ainda nos remete a uma série de crenças e tabus que precisam ser ressignificados. No País onde menos da metade do esgoto é devidamente coletado e tratado, este tem sido um tema de saúde pública importante, e às vezes negligenciado.

Por isso, é muito importante se informar sobre o tema, e no texto de hoje vamos falar sobre a estação compacta de tratamento de esgoto. Um sistema bem parecido com aquele que trata o esgoto de sua cidade, porém enterrado em seu quintal. 

As estações compactas de tratamento de esgoto promovem o tratamento do efluente doméstico de um imóvel de maneira 100% biológica. Ou seja, é a própria natureza que faz a decomposição da matéria orgânica presente no esgoto, através da atuação natural de bactérias que, quando colocadas no ambiente certo, dão conta de consumir acima de 95% da carga orgânica de seu esgoto (ou seja, ele fica 95% “mais limpo”).

Existem basicamente 2 tipos de estações compactas. As estações anaeróbias e as aeradas. 

As estações anaeróbias são popularmente conhecidas como fossa-séptica, ou fossa-filtro. Este é um modelo básico de tratamento, que remove acima de 30% da matéria orgânica do efluente quando bem dimensionada. Geralmente estas estações são utilizadas para infiltrar o esgoto tratado. O resto da remoção da carga orgânica é feita pela própria terra. mas muito cuidado! Se você infiltrar o efluente tratado sem o devido dimensionamento poderá contaminar o lençol freático do local, o que pode causar problemas seríssimos de saúde à comunidade local. 

Nestas estações o consumo da matéria orgânica é feito por bactérias de respiração aeróbica, ou seja, microorganismos que se desenvolvem em ambientes com baixo nível de oxigênio.

A EcoCasa desenvolveu a SATE – um sistema bem mais avançado do que a fossa séptica, de instalação simplificada e que garante uma eficiência vem mais avançada no tratamento de seu efluente, principalmente por ser dimensionada por nosso time de engenharia, exclusiva para seu imóvel.

Já o segundo modelo, as estações aeradas, são parecidas com os sistemas de fossa-filtro, porém, recebem uma etapa adicional de tratamento que recebe oxigênio. Dessa forma, um novo tipo de bactéria termina de consumir a matéria orgânica presente no esgoto. 

Para facilitar o tratamento, nós desenvolvemos a EcoTED – O sistema avançado de tratamento de esgoto doméstico da EcoCasa, que garante a remoção de acima de 95% da matéria orgânica do efluente doméstico.

Além disso, com a EcoTED, é possível em alguns casos fazer o reúso do esgoto para a irrigação ornamental. 

Se você precisa tratar seu efluente e deseja saber sobre mais possibilidades, inclusive de reuso, fale com nossos especialistas. Nosso time de engenharia poderá desenvolver uma estação exclusiva para seu empreendimento.

Você está preparado(a) para a cultura da preservação?

É incrível ver como as coisas mudaram nos últimos 16 anos e como essas mudanças quebraram paradigmas e criaram novas maneiras de consumir e investir. Quando falávamos sobre Cisternas, lá no início de nossa história, muitas vezes éramos entendidos, enquanto empresa, como uma companhia que desenvolvia sistema para áreas onde a água era totalmente escassa. Continue lendo Você está preparado(a) para a cultura da preservação?