No Brasil o tratamento de esgoto é um assunto que não vem sendo tratado com a total seriedade que o tema requer. Para se ter uma ideia, somente 50,3% da população brasileira tem acesso à rede de coleta. Se considerarmos as 100 maiores cidades brasileiras, mais de 3,5 milhões de brasileiros despejam esgoto de forma irregular (até mesmo em casos onde a rede coletora está disponível.)

Segundo o Estudo Trata Brasil “Ranking de Saneamento – 2015” a média das 100 maiores cidades brasileiras em tratamento dos efluentes foi de 50,26%, sendo que apenas 10 cidades tratam acima de 80% de seus esgotos.

Nas regiões, o estudo apontou os seguintes dados:

[ctt_hbox link=”aKQJ5″ via=”no” ]Norte: Apenas 16,42% do esgoto é tratado e o índice de atendimento total é de 8,66 sendo a pior situação entre as regiões.[/ctt_hbox]

[ctt_hbox link=”YOa37″ via=”no” ]Nordeste: Apenas 32,11% do esgoto é tratado.[/ctt_hbox]

[ctt_hbox link=”_TCbr” via=”no” ]Sudeste: 47,39% do esgoto é tratado. O índice de atendimento total de esgoto é de 77,23%.[/ctt_hbox]

[ctt_hbox link=”SeZsj” via=”no” ]Sul: 41% do esgoto tratado com índice de atendimento total de 41,02%.[/ctt_hbox]

[ctt_hbox link=”tAxi4″ via=”no” ]Centro-Oeste: 50,22% do esgoto é tratado. A região com melhor desempenho (porém, a média de esgoto tratado não atinge nem metade da população[/ctt_hbox]

O estudo também revela que em volume, 1,2 bilhão de m³ de esgoto foi lançado na natureza em 2013 pelas capitais brasileiras.

Só há um caminho: A Consciência Ambiental.

Cada R$ 1,00 investido em saneamento gera uma economia de R$ 4,00 na saúde. Ao analisar os índices de atendimento em coleta de esgoto em 2010 o estudo também apontou que em 60 das 100 cidades os baixos índices de atendimento resultaram em altas taxas de internação por diarreia.

Um dos maiores problemas a ser contornado é que o déficit só aumenta, aumentando consideravelmente a necessidade por investimentos, investimentos estes que não vem acompanhando a real necessidade.

“O custo para tornar o acesso  aos 4 serviços do saneamento (água, esgotos, resíduos e drenagem) é de R$ 508 bilhões, no período de 2014 a 2033.

Para universalização da água e dos esgotos esse custo será de R$ 303 bilhões em 20 anos.

O Governo Federal, através do PAC, já destinou recursos da ordem de R$ 70 bilhões em obras ligadas ao saneamento básico. Houve um investimento de R$ 1.69 bilhão a mais em 2014 comparado a 2013.   Fonte: Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) / Ministério das Cidades”

 

Como podemos observar, ainda há um caminho e um desafio de proporções gigantescas para tornar o tratamento de esgoto uma realidade acessível no Brasil.

3 artigos que tratam deste tema para você se aprofundar:

Desmistificando o Tratamento Biológico de Esgoto – Parte 1

Desmistificando o Tratamento Biológico de Esgoto – Parte 2

SATE – Sistema Anaeróbio de Tratamento de Esgoto

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Fontes

Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS 2015)

Estudo Trata Brasil “ Ociosidade das Redes de Esgoto – 2015”

Censo Escolar 2014

Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS 2015)

Fonte: Estudo Trata Brasil “Ranking do Saneamento – 2015”