Arquivo da categoria: Sem categoria

Conheça os Tipos de Tratamento Para Água da Chuva

Aproveitar água da chuva é uma prática que, a primeira vista, sempre parece ser algo simples. Porém, existem muitos erros e enganos que as pessoas usualmente cometem ao tentar montar seu sistema por conta própria, o que pode acarretar em sérios riscos para a saúde, além de um sistema bem menos ineficiente no quesito economia.

Por isso, neste artigo, vou abrir o jogo com você sobre o que é seguro e viável ao montar seu sistema de aproveitamento de água da chuva, para que você possa ter em mente as melhores práticas e tipos de tratamentos possíveis na hora de selecionar seus equipamentos.

Começando do começo…

Aqui em nosso blog você já encontra diversas dicas para fazer sua cisterna, mas a principal delas é que seu sistema esteja todo orientado pela NBR 15527 – A Norma Brasileira para Aproveitamento de Água da Chuva. Seguindo os passos da norma e utilizando os componentes indicados por ela, você garantirá um sistema eficiente, seguro e que não oferecerá riscos, sejam estes operacionais ou de saúde na utilização da água da chuva.

O Tratamento Básico

O tratamento para a água de sua cisterna, segundo o que orienta a norma, deve ser feito em um filtro específico para água da chuva. Este filtro, geralmente é composto por uma etapa de gradeamento, que livrará a água de detritos maiores e, na sequencia, uma etapa de filtro por malha filtrante. Para ilustrar a importância do filtro, acompanhe o depoimento do arquiteto Paulo Trigo, que obteve nossa consultoria em uma obra cujo sistema não contemplava um filtro conforme a norma:

Outros Tipos de Tratamento

Além do tratamento comum, uma etapa de tratamento pós-cisterna pode ser adicionada, de maneira a conferir um melhor aspecto para a água da chuva (um exemplo bastante comum está no uso desta água para descargas, que com o passar dos anos pode acabar amarelando a cerâmica do vaso sanitário) uma vez que é muito dificil ter um controle sobre o que cairá sobre nosso telhado (aliás, aqui uma dica: água da chuva deve ser captada somente do telhado).

Existe ainda a possibilidade de captar a água do chão, porém, como isso não está previsto em norma, tanto o tipo de tratamento, quanto a usabilidade dessa água, devem ser muito bem calculados e desenvolvidos por especialistas.

Por fim, vale ressaltar que a água da chuva é excelente para usos não potáveis e que tomando os cuidados básicos você poderá usufruir desta tecnologia que já faz parte da construção sustentável brasileira!

Se quiser saber qual o melhor sistema para seu imóvel, não deixe de falar com nossos especialistas.

O Que São as Cisternas Compostas E Como Elas Podem Ajudar a Reduzir Sua Conta

É muito comum nos dias atuais encontrar cisternas para aproveitamento de água da chuva em diversos home centers, lojas de materiais de construção e afins. Mas você sabia que já existem modelos de cisternas mais avançados que são capazes de fornecer diversas alternativas de usos diferentes? Pois bem, em nosso artigo de hoje irei discorrer um pouco sobre as cisternas compostas.

Basicamente uma cisterna é um reservatório reforçado, uma vez que o uso enterrado deste dispositivo garante uma qualidade superior da água assim como uma sobrevida maior. Porém, engana-se quem pensa que as cisternas servem única e exclusivamente para o aproveitamento de água da chuva. Conheça a seguir os 3 principais modelos de cisternas disponíveis no Brasil:

Cisterna para Água da Chuva

O modelo mais tradicional e conhecido, a cisterna para água da chuva tem a função de armazenar a água da chuva por longos períodos e possui todo um sistema desenvolvido para manter a qualidade máxima da água armazenada. Esta tecnologia já ganha inúmeros adeptos no brasil dado os benefícios econômicos, sociais e ambientais que o sistema é capaz de oferecer.

Cisterna para Água Potável

As cisternas para água potável são comumente utilizadas como uma reserva de emergência ou mesmo para ampliar a capacidade de reservação de água de um imóvel. A grande vantagem de utilizar este sistema é que, além de manter a água com boa qualidade por mais tempo, sua temperatura não sofrerá mudanças abruptas independentemente das estações do ano, uma vez que o uso enterrado da cisterna proporciona inércia térmica à água.

Cisternas de Retardo

As cisternas de retardo, tanques de retardo ou piscininhas, possuem a única função de compensar a área impermeabilizada de um imóvel, contribuindo diretamente para a mitigação de enchentes. Este modelo já é exigido por lei em diversos municípios e estados brasileiros. Após reter a água da chuva, uma bomba esvazia o reservatório em um certo tempo após a ocorrência das chuvas, de maneira a não sobrecarregar o sistema de escoamento hídrico municipal.

Cisternas Compostas – O Futuro da Construção

Com o aumento das leis que exigem a retenção de águas pluviais, surge a necessidade de um produto versátil, que possa atender as necessidades de seu empreendimento sem que para isso você precise adquirir 2 ou até 3 reservatórios distintos – Foi pensando nisso que criamos a Cisterna Pronta Composta – Uma versão exclusiva da nossa Cisterna Pronta que pode ter até mesmo as 3 aplicações ao mesmo tempo e já vai pra obra pronta para ser instalada, incluindo os sistemas de automação para cada uso respectivo.

Dessa forma você tem uma instalação muito mais rápida, segura e eficaz – Dimensionada de acordo com as leis locais, sua necessidade de consumo e o potencial de captação de água da chuva de seu imóvel.

Para saber qual o sistema ideal para sua construção, basta clicar aqui e falar com nossos especialistas! Estamos prontos para te ajudar a ter uma construção com muito menos impacto ambiental.

Afinal, quanto posso economizar com água da chuva?

Para responder essa pergunta que é bastante recorrente, vou apresentar dois cenários. O primeiro deles, é pautado em dados oficiais da SABESP a respeito do consumo per capta no Brasil. Já o segundo, é sobre a redução monetária sobre a conta d’água, uma vez que o consumo de água é cobrado por faixas de consumo.

Já sabemos quais itens são passíveis de receberem água de uma cisterna para aproveitamento de água da chuva (segundo a NBR 15.527, norma brasileira para aproveitamento de águas pluviais, a água da chuva pode substituir a água da rede pública em quaisquer usos não potáveis). Logo, apresento a seguir alguns usos mais comuns e seus respectivos consumos na média brasileira (Dados: SABESP).

  1. Descargas – A maior vilã de todos os itens é a descarga de vasos sanitários, que consome cerca de 41% da água que você adquire da concessionária. Uma dica muito importante, até mesmo para reduzir este consumo é a utilização de vasos acoplados ou a substituição de válvulas antigas, que acabam consumindo muito mais água do que alguns sistemas mais modernos.
  2. Chuveiros – Em segundo lugar vem a água do chuveiro, responsável por consumir cerca de 36% da água potável. Infelizmente, ainda é pouco viável utilizar água de chuva para banho, pois tratar água da chuva para essa finalidade ainda é inviável no mercado brasileiro. Mas já existem sistemas capazes de tratar essa água, que são os sistemas de reuso de águas cinzas – Possibilitando reutilizar a água do banho para finalidades como irrigação e até mesmo descargas de vasos sanitários. Outra possibilidade é consorciar a água de reuso com a água da chuva, aumentando o volume disponível de água.
  3. Pias – As pias representam o terceiro maior item consumidor de água potável. Aqui também não conseguimos utilizar a água da chuva sem um tratamento pós-cisterna adequado, mas ela também é uma fonte de águas cinzas, que pode fomentar um sistema de reuso. O consumo das pias representa 6% na média de consumo.
  4. Ingestão – Todos nós precisamos da água para mantermo-nos vivos, e infelizmente potabilizar a água da chuva ainda é uma realidade bem distante. A água utilizada para a manutenção da vida representa 5% do consumo de uma residência.
  5. Máquina de Lavar Responsável por consumir 4% da água de uma residência, a lavagem de roupas é um item que pode utilizar a água da chuva – Mas atente-se para o fato de que, para este uso, você precisara de uma filtragem pós-cisterna mais eficiente.
  6. Faxina – Manter seu ambiente sempre limpo e higienizado consome 3% da água que você adquire. Este é um uso que permite em sua totalidade a água da chuva, que é excelente para a limpeza em geral.
  7. Irrigação – A irrigação representa 2% na média de consumo brasileira – Porém aqui vale uma ressalva – Nas construções de alto padrão, este valor pode aumentar substancialmente, chegando a ser um dos itens que mais consomem água. Não atoa, o uso de cisterna para água de chuva na irrigação deste tipo de empreendimento disparou nos últimos anos com o aquecimento do mercado da construção civil.
  8. Lavagem Automotiva – Por último, vem a lavagem de veículos, que representa 2% do consumo residencial. Assim como a limpeza, a água da chuva é uma excelente alternativa para essa finalidade. Lavar seu automóvel sem culpa é só mais uma das vantagens que uma cisterna para água de chuva pode trazer!

Somando por estes dados, aproveitar água da chuva reduz, em média, 48% do consumo de água potável, o que pode representar mais de 60% na redução de custos na conta d’água para o setor residêncial.

Já para empreendimentos de alto padrão e indústrias, a economia de água potável com a utilização de cisternas podem chegar a 70% na quantidade e 80% no valor da conta nos melhores cenários.

Deseja saber quais as opções para seu empreendimento? Fale com nossos especialistas, é só clicar aqui!

Um abraço e até o próximo artigo!

O que é uma Estação Compacta de Tratamento de Esgoto?

Esgoto: Riscos e perigos que devemos evitar

Em um dos posts passados falamos sobre como funciona o tratamento biológico de esgoto. No artigo de hoje, iremos responder mais uma dúvida bastante recorrente: O que são as estações compactas de tratamento de esgoto e qual seu papel para o desenvolvimento sustentável.

Estações de tratamento de esgoto são talvez a mais importante criação da engenharia moderna dos últimos tempos, uma vez que sem este sistema dificilmente as grandes civilizações teriam se desenvolvido, pelo menos com o mínimo de saúde possível.

Sabemos que o esgoto doméstico é um grande causador de doenças e um grande vilão da saúde pública, principalmente no Brasil, onde em muitas comunidades o esgoto a céu aberto ainda é uma realidade e um problema a ser combatido.

Porém, mesmo que toda a área urbana tivesse a rede de coleta funcionando corretamente, ainda teriamos um outro grande desafio: O esgoto nas áreas rurais e condomínios mais afastados das cidades.

Via de regra as estações municipais de tratamento de esgoto são dimensionadas para atender a maior parte da população de uma cidade, o que torna a expansão para tais áreas muitas vezes inviável.

É neste cenário e com o acréscimo do crescimento urbano constante e desenfreado que surge uma nova necessidade sanitária: A de utilização das estações compactas de tratamento de esgoto.

Há muito em chácaras, fazendas, sítios e condominios o uso das famigeradas fossas sépticas tem sido uma alternativa, porém nem sempre segura e viável, uma vez que este tipo de projeto costuma ser bastante artesanal, isso quando não se utilizam das fossas negras – Um modelo que hoje chega a ser criminoso dado seu risco e insalubridade, que se baseia em apenas um “buraco”escavado na terra onde se joga o efluente in natura sem nenhum tipo de tratamento posterior.

Apesar de costumeira essas práticas ao que tudo indica estão com os diaas contados, uma vez que cada vez mais prefeituras e órgãos fiscalizadores têm fechado o cerco contra fossas mal dimensionadas ou construídas e principalmente contra a fossa negra.

A solução ideal

Imagine só se, ao morar distante da rede de coleta de esgoto, você pudesse ter praticamente a mesma tecnologia empregada nas estações municipais atingindo níveis de despoluição do efluente iguais ou por vezes maiores, bem aí, no seu quintal.

Atualmente isso é mais do que possível, graças ao tratamento biológico de esgoto promovido pelas estações compactas de tratamento de efluentes.

Essas estações costumam ser pré dimensionadas de fábrica, de acordo com cada empreendimento e seus possíveis usos, o que diminui o risco de contaminação a praticamente 0. Além de tudo são sistemas automatizados que requerem o mínimo de intervenção humana e farão o tratamento do esgoto deixando-o com a qualidade ideal para descarte ou mesmo reúdo, dependendo do local e da aplicação.

O reúso de esgoto tratado, inclusive, é uma solução relativamente nova no Brasil, mas que já se torna possível graças às estações de tratamento mais avançadas.

Aqui na EcoCasa, possuímos diversos tipos de estações, que apresento a seguir:

SATE – A Evolução da Fossa Séptica

Croqui ilustrativo de instalação (Clique para Ampliar)

A SATE como você pode observar na imagem acima, é uma estação compacta de tratamento que substitui as fossas sépticas, sendo um sistema muito mais avançado e fácil de instalar.

Em um único reservatório que pode ser aterrado sem a necessidade de construção de lajes ou quaisquer outros tipos de infra civil, você já tem um sistema completo, que vai disponibilizar a água tratada para um sumidouro, que neste caso, fará o restante da depuração da matéria organica presente no efluente. Pode ser utilizada em empreendimentos comerciais, residenciais e até mesmo industrias.

EcoTED – Tratamento Avançado de Esgoto

A EcoTED é a estação de tratamento avançado e biológico de esgoto doméstico da EcoCasa. Com etapas adicionais de tratamento, sua eficiência chega a remover acima de 95% da carga orgânica do esgoto, deixando o esgoto tratado muito limpo e pronto para um possível sistema de reúso, que nesse caso pode ser utilizado para irrigação, por exemplo e até mesmo consorciado com um sistema de aproveitamento de água da chuva, aumentando consideravelmente a água disponívei para o reúso.

OASIS – Sistema de Reúso de Águas Cinzas

As águas cinzas são águas residuais captadas de torneiras e chuveiros (usualmente coletadas da cozinha e do banheiro). Este padrão específico de efluente possui características que tornam possível e viável o tratamento para reúso em usos mais específicos, como nas descargas de vasos sanitários e até mesmo lavagem de roupas. Ideal para ser utilizado em lavanderias, hoteis, industrias e setores que demandam grandes quantidades de água para tais finalidades, é um sistema que garante muita economia e sustentabilidade nos empreendimentos onde é aplicado.

Bem, esta foi uma rápida explicação sobre o que são as estações compactas de tratamento de esgoto e os benefícios que elas podem trazer ao seu empreendimento e para o desenvolvimento sustentável!

Quer saber a opção ideal pro seu projeto? Fale com nosso time, compartilhe seu projeto e deixe o restante com a gente!

Um abraço e até o próximo artigo!

Cisterna Água Potável x Água da Chuva

Com o novo risco de uma crise hídrica batendo à porta de diversas cidades a busca por alternativas para melhorar o desempenho hídrico dos imóveis é um assunto que volta a ganhar evidência. Neste cenário, surgem inúmeras dúvidas e questionamentos sobre os sistemas disponíveis atualmente no mercado nacional.

A crise hídrica de 2014, que afetou grande parte do Sudeste, em especial, revelou como as cisternas podem ser fortes aliadas no combate ao fantasma do racionamento, uma vez que são capazes de reduzir drasticamente o consumo de água potável de um imóvel, consequentemente reduzindo a pressão sobre os sistemas de distribuição em períodos onde a oferta de água é prejudicada principalmente pela ausência de chuvas.

Antes de falar dos benefícios que uma cisterna é capaz de ofertar, precisamos conhecer os tipos de cisternas disponíveis atualmente, pois se engana quem acha que a cisterna é um item exclusivo ao aproveitamento de água da chuva, mesmo sendo a cisterna para água da chuva o modelo mais desejado e procurado.

Água pra beber…

O primeiro e mais desconhecido tipo de cisterna é a cisterna para água potável. Pode não parecer, mas armazenar a água potávem em uma cisterna e não em uma caixa d’água é uma opção que pode trazer inúmeras vantagens.

A primeira delas a se destacar é a instalação. Via de regra, a maioria das instalações de cisternas se dão de forma aterrada (daí a principal diferença entre cisternas e caixas d’água). A cisterna é especialmente construída para ter mais resistência às cargas do solo. Uma instalação aterrada garante, além de maior inércia térmica, maior sobrevida da água, uma vez que ela não estará exposta ao sol nem mesmo à drástica variação de temperatura.

Uma segunda vantagem é em relação ao espaço, pois a cisterna pode ser enterrada em seu jardim, de maneira discreta e com o acesso muito mais fácil para futuras limpezas e manutenções.

Por último, convém destacarmos a versatilidade da cisterna para água potável, uma vez que, diferentemente das caixas d’água, as cisternas são equipamentos dimensionados sob medida, especialmente as de fibra de vidro, cujo reservatório pode chegar aos 80.000 litros – Facilitando assim, a aplicação do sistema para fins industriais que requerem uma alta carga de armazenamento, por exemplo.

A única desvantagem da cisterna para água potável x cisterna para água da chuva é que este modelo nada infere sobre a economia de água, uma vez que misturar água potável e água da chuva não é nada salubre (e nem permitido no Brasil), além disso, a criação de uma reserva emergencial de água potável também acaba indo contra a ideia de economia, algo possibilitado pelo modelo para água da chuva, ainda que seja uma prática cada vez mais comum em novas construções.

Agora sim, a grande estrela

Se você veio a ester artigo para ler sobre a cisterna para aproveitamento de água da chuva, agora sim, chegou a vez dela! Queridinha do pessoal que deseja ter mais economia e uma construção mais sustentável, este modelo é de longe o mais procurado e em todas as escalas. Das pequenas cisternas de 5.000 litros às maiores de 80.000, ter uma cisterna virou não somente sinal de sustentabilidade e economia, mas também um critério indispensável nas certificações verdes e na valorização final do imóvel.

A ideia de armazenar a água da chuva para fins não potáveis nos grandes centros urbanos é algo relativamente novo, mesmo sendo a cisterna uma tecnologia já bastante conhecida há milênios. Foi apenas por volta dos anos 2.000 que o modelo para residências começou a ganhar espaço, evidência e escala aqui no Brasil e desde então rapidamente caiu no gosto do brasileiro.

Se não pelo amor, pela dor… As Cisternas para retardo

Engana-se aquele que acha que ter uma cisterna é mero modismo ou uma tendência passageira. Cada vez mais o próprio poder público vem exigindo a prática da retenção e armazenamento da água da chuva das pessoas. Isso porque, uma vantagem pouco observada destes sistemas é que eles “compensam” as áreas impemermeabilizadas de uma construção e, consequentemente, acabam por reduzir o risco de enchentes nos grandes centros urbanos quando utilizados em larga escala. Em algumas cidades, a utilização de tanques de retardo, um modelo específico de cisterna para retenção da água da chuva, vem sendo obrigatória à medida em que surgem novas construções. Tal medida não visa apenas o desenvolvimento sustentável e a economia do usuário, mas sim tal compensação de área impermeabilizada.

Ter uma cisterna é, acima de tudo, uma questão estratégica que carrega consigo benefícios econômicos, sociais e ambientais e, por isso, é um dos sistemas mais sustentáveis para incluir em sua construção!

Fale com a EcoCasa e descubra as possibilidades para seu projeto! Você pode economizar até 70% em seu consumo de água potável e ainda recuperar seu investimento com a economia obtida.

Nos vemos no próximo artigo!

Hiago Vilar

Cisterna: Um Patrimônio da Humanidade

Falamos tanto sobre a cisterna para aproveitamento de água da chuva e as tecnologias empregadas nessa prática que por alguns momentos parece que estamos falando de uma inovação do século XXI, mas você sabia que a cisterna existe há milênios? E que foi crucial para o desenvolvimento da humanidade?

É isso que irei te mostrar no artigo de hoje!

Por definição, a cisterna (do latim cisterna, de cista, “caixa” e do grego κίστη (kistē), “cesta”) é um reservatório à prova d’água para conter líquidos (usualmente a água). Desde sua origem, as cisternas costumam ser construídas para coletar e armazenar água da chuva e se distinguem dos poços por seus revestimentos à prova d’água.

Pouca gente sabe, mas foi essa a tecnologia que nos permitiu sair de vez da vida nômade e migrar para a vida sedentária, sendo a utilização das cisternas o primeiro passo para um gerenciamento hídrico que nos permitisse viver em sociedade.

Uma importante ferramenta para o desenvolvimento agrícola

É bem difícil determinar quando o homem começou a utilizar, de fato, a tecnologia das cisternas. Um dos primeiros usos da cisterna do qual se tem conhecimento ocorreu na região do Levante (uma antiga demarcação de uma extensa área que vai do oriente Médio ao Sul). Antigamente, as cisternas eram construídas sob as casas armazenando água para diversos fins. Mais tarde, cerca de 4.000 anos a.C, a cisterna passou a ser um elemento indispensável de manejo de água nas comunidades agropecuárias.

Um importante ativo da Era Medieval e dos Castelos

Já na Idade Média, as cisternas eram frequentemente construídas em castelos nas montanhas europeias, especialmente onde os poços não podiam ser cavados com profundidade suficiente. Haviam dois tipos: a cisterna cisterna e a cisterna filtrante, um tipo bastante avançado para seu tempo. Construída no castelo de Riegersburg, na Estíria austríaca, essa cisterna foi escavada em rocha de lava. Nesse modelo, a água da chuva passava por um filtro de areia e era coletada na cisterna. O filtro, além de tornar a a água da chuva mais limpa a enriquecia com sais minerais. A idade deste complexo data de 1122.

Castelo de Riegersburg

Uma outra cisterna bastante famosa é a Cisterna da Basílica, uma das maiores cisternas das quais se tem conhecimento, Localizada em Instambul, na Turquia, construída ainda na época Bizantina.

Era chamada de Basílica porque estava localizada sob uma grande praça pública na Primeira Colina de Constantinopla, a Basílica de Stoa. Neste local, e antes da construção da cisterna, uma grande basílica ergueu-se em seu lugar, construída entre os séculos III e IV durante o início da era romana como um centro comercial, jurídico e artístico.

A basílica foi reconstruída por Illus após um incêndio em 476. De acordo com historiadores antigos, o imperador Constantino construiu uma estrutura que mais tarde foi reconstruída e ampliada pelo imperador Justiniano após os motins de Nika de 532, que devastaram a cidade. Textos históricos afirmam que 7.000 escravos estiveram envolvidos na construção da cisterna. A cisterna ampliada forneceu um sistema de filtragem de água para o Grande Palácio de Constantinopla e outros edifícios, e continuou a fornecer água para o Palácio de Topkapi após a conquista otomana em 1453 e nos tempos modernos.

Com certeza o que mais impressiona nessa cisterna é sua arquitetura! Do tamanho de uma catedral, possui aproximadamente 138m x 65m, cerca de 9.800 metros quadrados de área com capacidade para armazenar 80.000 metros cúbicos de água.

O teto é sustentado por nada mais que 336 colunas de mármore, cada uma com 9 metros de altura, dispostas em 12 fileiras de 28 colunas, cada uma com 5 metros de distância uma da outra.

Os capitéis das colunas são principalmente de estilos jônicos e coríntios, com exceção de alguns estilos dóricos sem gravuras.

Atualmente, a Cisterna da Basílica encontra-se disponível para visitação – Você pode obter maiores informações turísticas nesse link.

A Cisterna da Basílica

Como vimos neste pequeno resumo, as Cisternas vão muito além de uma tecnologia atual para aproveitar a água da chuva, sendo uma das grandes responsáveis pelo desenvolvimento da humanidade e das sociedades modernas e um dos mais primitivos dispositivos de manejo hídrico dos quais se tem conhecimento em toda a nossa história!

Espero que este artigo tenha contribuiído com seu conhecimento! Não deixe de seguir a EcoCasa em nossas mídias sociais!

Nos vemos em breve!

Hiago Vilar

2021 – A Importância da Sustentabilidade

2020 deixou cicatrizes em inúmeras esferas, principalmente no Brasil, que sofreu, além dos fortes impactos causados pela devastação ambiental e a iminência de uma nova crise hídrica, as piores consequências possíveis causadas pela COVID-19.

Neste cenário, a busca pela sustentabilidade faz-se uma bandeira ainda mais necessária, uma vez que o desenvolvimento sustentável dá-se justamente através do pensamento e das ações para a preservação da vida como um todo.

No panorama circular do desenvolvimento sustentável, o período anterior causou danos econômicos, ambientais e sociais, ou seja, nas três esferas que devem se desenvolver em harmonia para que haja tal modelo de desenvolvimento. O Mundo precisou aprender muito rapidamente as novas lições impostas pela pandemia, que demonstrou quão grande é nossa vulnerabilidade.

Como toda lição, precisamos aprender algo com tais acontecimentos. Nunca antes na história recente da humanidade foi tão necessário aprendermos mais sobre nosso papel no desenvolvimento humanitário, bem como da importância da ciência e das tecnologias que fomos capazes de desenvolver durante centenas de anos.

O grande aprendizado que podemos levar à esfera individual, ou seja, as atitudes que podem ser exercidas por cada ser, que apesar de pequenas, causam um impacto gigantesco são bem parecidas nos espectros sociais e ambientais: Precisamos aprender a prevenir, a nos cuidar e consequentemente cuidar do nosso único meio habitat possível (ao menos na atualidade).

O desenvolvimento sustentável tem muito mais a ver com a pandemia do que possa parecer. O célebre ditado popular “Prevenir é melhor do que remediar” cai muito bem em ambos os contextos. Assim como precisamos manter o distanciamento social, higienizar sempre as mãos e utilizar máscaras para proteger a nós e aos outros, precisamos cuidar melhor do lixo que produzimos, da água que quase sempre desperdiçamos e da energia que mantém o Mundo funcionando a todo vapor de maneira a preservar as futuras gerações.

Desejamos a você um 2021 sustentável! E que as lições que aprendemos durante este período possam perpetuar-se e servir de um bom exemplo de que ainda podemos preservar alguns dos bens mais preciosos que recebemos da natureza, como a água, a vida, a inteligência e a capacidade única que temos de transformar positivamente o ambiente a nossa volta.