Num momento em que cada vez mais as construções sustentáveis têm-se feito necessária, um olhar mais atento nos faz ver além do projeto em si. É neste momento que entra em cena a arquitetura verde: um conjunto de práticas, conceitos e técnicas que fazem total diferença na eficiência da construção sustentável.

Surgido na década de 2000, este movimento pretende criar uma harmonia na obra final evitando danos desnecessários ao meio ambiente em cada passo de sua execução, reduzindo os resíduos, por exemplo.

Começando pela concepção do projeto arquitetônico sustentável, o profissional responsável leva em consideração detalhes como a otimização de recursos naturais e o menor impacto dos edifícios no meio ambiente. Como exemplo, leva-se em conta condições do clima e dos ecossistemas do entorno dos edifícios, aproveitando o que estes tem a oferecer, otimizando-os, e causando o mínimo de impacto possível ao meio ambiente onde será executada a obra.

A redução do uso e a minimização do desperdício de materiais de construção são uma maneira e aumentar a eficácia no esforço por um baixo consumo de energia.

Aproveitar a luminosidade natural, a ventilação ou o calor da região aumenta o conforto e a salubridade dos ambientes internos do edifício e reduz consideravelmente o consumo de energia, sendo que a convencional pode ser substituída por fontes renováveis.

Quanto ao uso da água, em projetos de arquitetura verde, a ideia é usar sempre o mínimo necessário. Através da gestão inteligente, das tecnologias de reuso da água, da captação e utilização da água da chuva é possível reduzir drasticamente o consumo de água, bem como os gastos com este consumo.

A instalação de torneiras e chuveiros com temporizadores, a adoção do sistema de aquecimento solar de água são um exemplo de que a tecnologia cada vez evolui mais para ajudar estas ações.

Na escolha dos materiais ecológicos é necessária atenção extra, pois muitas vezes o que parece ser sustentável não é. Um exemplo é o bambu, que é encontrado em abundância em alguns países asiáticos. Seu uso deixa de ser sustentável uma vez que ele tem que ser enviado para o Brasil, gerando custos de transporte entre outros. O ideal é sempre utilizar o que tem em abundância na região onde será realizada a obra, uma vez que o transporte dos materiais gera emissão de gases poluentes e outros consumos desnecessários.

Por fim, temos a questão dos resíduos. Separá-los na obra e dar a cada um a destinação adequada, faz com que seja mais fácil reutilizá-los ou reciclá-los.

Mais do que apenas uma terminologia técnica, a arquitetura verde é um modo novo de olhar e de criar. É um esforço constante pela preservação do planeta e, de maneira mais localizada, do ambiente em que as pessoas viverão.